Medidas aerodinâmicas, eletroglotográficas e acústicas na produção da fricativa pós-alveolar vozeada

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
4
Tipo de produção
article
Data de publicação
2018
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
Citação
CODAS, v.30, n.3, p.e20170177, 2018
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
ABSTRACT Purpose Describe and correlate phonological and complementary measures regarding aerodynamics, electroglottography, acoustics, and perceptual judgment of production of the voiced fricative sound /ʒ/ comparing the performance of Brazilian Portuguese-speaking children with and without speech sound disorders. Methods Study participants were 30 children aged 5 years to 7 years and 11 months divided into a group of children with typical development - Control Group (CG) and a group of children with speech sound disorders - Research Group (RG). Phonology (PCC, PCC-R, and occurrence of phonological processes) and the aerodynamic (amplitude of the oral airflow and f0), eletroglottographic (open quotient) and acoustic (classification of voicing) measures were evaluated. Results Numerically, children with speech sound disorders presented higher relative oral airflow amplitude, lower relative f0, and open quotient indicative of less efficient voicing production compared with those of children with typical development. The weak voicing values showed that 66.1% of the children with speech sound disorders presented weaker voicing of the fricative sound /ʒ/ compared with that of the posterior vowel sound, and between-groups comparison demonstrated that these children presented greater difficulty in voicing. The acoustic analysis of speech used to classify the weak/strong voicing showed variations, especially regarding the classification partially devoiced. Conclusion Results suggest that the strategies for voicing production and voicing maintenance of the fricative sound /ʒ/ are still variable in children aged 5 years to 7 years and 11 months; however, children with speech sound disorders seem to have more difficulties in using them effectively. In addition, the study shows the importance of applying complementary tests to obtain a more detailed diagnosis.
RESUMO Objetivo Descrever e correlacionar medidas fonológicas à aerodinâmica, EGG, acústica e julgamento perceptivo da produção do som /ʒ/, comparando o desempenho de crianças com e sem transtorno fonológico, falantes do Português Brasileiro. Método Participaram 30 crianças com idade entre 5:0 e 7:11 anos separadas em grupo controle e grupo de crianças com transtorno fonológico. Avaliou-se a fonologia (cálculo de PCC e PCC-R e ocorrência dos processos fonológicos) e as medidas aerodinâmicas (amplitude do fluxo aéreo oral e f0), eletroglotográficas (quociente de abertura) e acústicas (classificação do vozeamento). Resultados As crianças com transtorno fonológico apresentaram, numericamente, amplitude do fluxo oral relativo maior, f0 relativo menor e quociente de abertura indicativo de uma voz menos eficiente na produção do vozeamento quando comparadas às crianças sem transtorno fonológico. Os valores de weak voicing demonstraram que, em 66,1% das crianças com transtorno fonológico, o vozeamento da fricativa foi mais fraco, comparado ao da vogal seguinte, e a comparação entre grupos indicou que essas crianças apresentaram maior dificuldade no vozeamento. Quanto à descrição da classificação de vozeamento, de acordo com a análise acústica e do weak/strong voicing, verificou-se que há algumas variações, principalmente para a classificação “parcialmente desvozeado”. Conclusão Os resultados sugerem que as estratégias de produção e manutenção do vozeamento da fricativa vozeada /ʒ/ ainda são variáveis em crianças na idade estudada, porém as crianças com transtorno fonológico parecem ter mais dificuldades em utilizá-las de modo eficaz. Além disso, o estudo aponta para a importância da aplicação de provas complementares para um diagnóstico mais detalhado.
Palavras-chave
Speech Sound Disorders, Speech Production Measurement, Evaluation, Child, Speech, Language and Hearing, Sciences, Transtorno Fonológico, Medida da Produção da Fala, Avaliação, Criança, Fonoaudiologia
Referências
  1. Befi-Lopes DM, 2004, ABFW: teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática
  2. Boersma P, 2017, Praat: doing phonetics by computer
  3. Gama Ana Cristina Côrtes, 2009, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V14, P8, DOI 10.1590/S1516-80342009000100004
  4. Herbst CT, 2014, J EXP BIOL, V217, P955, DOI 10.1242/jeb.093203
  5. Jesus LMT, 2003, Devoicing measures of European Portuguese fricatives, P1
  6. McLeod S, 2013, AM J SPEECH-LANG PAT, V22, P503, DOI 10.1044/1058-0360(2012/11-0123)
  7. Nip ISB, 2013, CHILD DEV, V84, P1324, DOI 10.1111/cdev.12052
  8. Oliveira KV, 2012, Rev CEFAC, V15, P119
  9. Pape D, 2015, SPEECH COMMUN, V74, P93, DOI 10.1016/j.specom.2015.09.001
  10. Pinho CMR, 2013, LOGOP PHONIATR VOCO, V38, P19, DOI 10.3109/14015439.2012.696138
  11. Pinho CMR, 2012, J PHONETICS, V40, P625, DOI 10.1016/j.wocn.2012.06.002
  12. Shriberg LD, 1997, J SPEECH LANG HEAR R, V40, P723, DOI 10.1044/jslhr.4004.723
  13. Shriberg LD, 1982, J Speech Hear Disord, V47, P226
  14. STEVENS K. N, 1991, VOCAL FOLD PHYSL ACO, P29
  15. Wechsler D, 2002, WISC III: escala de inteligência Wechsler para crianças
  16. Wertzner Haydée Fiszbein, 2014, Rev. CEFAC, V16, P1133, DOI 10.1590/1982-0216201420812
  17. Wertzner Haydée Fiszbein, 2013, Audiol., Commun. Res., V18, P213, DOI 10.1590/S2317-64312013000300011
  18. Wertzner Haydée Fiszbein, 2012, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V17, P422, DOI 10.1590/S1516-80342012000400010
  19. Wertzner Haydée Fiszbein, 2012, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V17, P469, DOI 10.1590/S1516-80342012000400018
  20. Wertzner Haydée Fiszbein, 2007, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V12, P41, DOI 10.1590/S1516-80342007000100009
  21. Wertzner Haydée Fiszbein, 2007, Rev. CEFAC, V9, P339, DOI 10.1590/S1516-18462007000300007
  22. Wertzner HF, 2002, O distúrbio fonológico em crianças falantes do português: descrição e medidas de severidade
  23. Wertzner HF, 2004, ABFW: teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática