O acesso e o fazer da reabilitação na Atenção Primária à Saúde

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
Tipo de produção
article
Data de publicação
2017
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Universidade de São Paulo
Citação
FISIOTERAPIA E PESQUISA, v.24, n.1, p.74-82, 2017
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
ABSTRACT For adequate rehabilitation service offer in Brazil, it is necessary to understand the availability of access to Rede Assistencial de Saúde (RAS) [Brazilian Health Care Network (HCN)] and develop practices to meet health needs. The objective was to estimate the distribution trend of rehabilitation human resources in HCN between 2007 and 2015, especially in Primary Health Care (PHC) and get to know the practice of Clínica Ampliada (CA) [Extended Clinical Care (ECC)], Projeto Terapêutico Singular (PTS) [Singular Therapeutic Project (STP)], and Apoio Matricial (AM) [Matrix Support (MS)] of speech therapists, physical therapist, and occupational therapists. We searched for professionals from the Health Care Network using Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) [Brazilian National Register of Health Establishments (NRHE)], and the monthly trend was elaborated through Prais-Winsten linear regression models. Aiming at knowing the practices of ECC, STP, and MS, “Discourses of the Collective Subject” were made from interviews held with 12 professionals. Medium complexity services had higher concentration of professionals, except for the hospitals in São Paulo city, and PHC had the lower possibility of access. Though shy, healthcare increased for all three professionals, with emphasis on physical therapists in hospitals in São Paulo city, in a comparison between the state (0.73%) and city (0.95%). In PHC, the highest raises were for occupational therapists of São Paulo city and physical therapists in Brazil. For MS, ECC and STP, besides the difficulty of the working process itself, ideas such as “plurality of concepts,” “biopsychosocial perspective,” and “possibility of adaptation” of care were predominant. Despite the growing numbers, the availability of professionals is still low and uneven, concentrated in specialty, and emphasising the expansion of physical therapy in hospitals and occupational therapy in PHC.
RESUMEN Para que se tenga una adecuada oferta de servicios de rehabilitación en Brasil es necesario conocer el acceso disponible en la Red Asistencial de Salud (RAS) y desarrollar prácticas que abarcan las necesidades de la atención de salud. Se intentó estimar la distribución de los recursos humanos de rehabilitación en la RAS 2007-2015, en especial en la Atención Primaria de Salud (APS) y conocer la práctica de la Clínica Ampliada (CA), del Proyecto Terapéutico Singular (PTS) y de la Ayuda Matricial (AM) de fonoaudiólogos, fisioterapeutas y terapeutas ocupacionales. La búsqueda por estos profesionales de la Red Asistencial se dio a través del Registro Nacional de Establecimientos de Salud (RNES). Se estableció la tendencia mensual mediante modelos de regresión lineal Prais-Winsten. A fin de conocer las prácticas de los CA, PTS y AM se constituyeron discursos de sujeto colectivo desde entrevistas con 12 profesionales. La media complejidad concentró la mayoría de los profesionales, excepto en los hospitales de la ciudad de São Paulo. Pero la accesibilidad a la APS fue menor. Aunque no fue muy alta, se observó evolución de estos tres profesionales en la atención sanitaria, con énfasis en los fisioterapeutas del hospital de São Paulo, referente al estado (0,73%) y ciudad (0,95%). En la APS, el mayor incremento fue del terapeuta ocupacional en la ciudad de São Paulo y del fisioterapeuta por todo el país. En la AM, CA y PTS, además de la dificultad en la práctica, se encontraron respectivamente ideas de “pluralidad de conceptos”, “perspectiva biopsicosocial” y “posibilidad de adaptarse” al cuidado. Aunque esté aumentando, la disponibilidad de estos profesionales todavía es pequeña y desigual, concentrada en la especialidad, lo que señala la necesidad de ampliar el número de fisioterapeutas en hospitales y de terapeutas ocupacionales en la APS.
RESUMO Para a adequada oferta de serviços de reabilitação no Brasil é preciso conhecer a disponibilidade de acesso existente na Rede Assistencial de Saúde (RAS) e desenvolver práticas que atendam às necessidades de saúde. Buscou-se estimar a tendência da distribuição de recursos humanos de reabilitação na RAS 2007-2015, especificamente na Atenção Primária à Saúde (APS) e conhecer a prática de Clínica Ampliada (CA), Projeto Terapêutico Singular (PTS) e Apoio Matricial (AM) para fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Buscou-se profissionais na Rede Assistencial pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). A tendência mensal foi construída por modelos de regressão linear Prais-Winsten. Para conhecer as práticas de CA, PTS e AM, construiu-se discursos do sujeito coletivo a partir de entrevistas de 12 profissionais. Média complexidade teve a maior concentração de profissionais, exceto em hospitais na cidade de São Paulo. A APS, por sua vez, teve a menor possibilidade de acesso. Mesmo tímido, houve crescimento dos três profissionais na assistência, com ênfase para os fisioterapeutas em hospital de São Paulo, em relação ao estado (0,73%) e cidade (0,95%). Na APS, o crescimento maior foi do terapeuta ocupacional em São Paulo-cidade e do fisioterapeuta no Brasil. Para AM, CA e PTS, além da dificuldade do fazer, destacaram-se, respectivamente, ideias de “pluralidade de concepções”, “visão biopsicossocial” e “possibilidade de adaptação” do cuidado. Embora crescente, a disponibilidade de profissionais é baixa e desigual, concentrada na especialidade e enfatizando ampliação de fisioterapeutas no hospital e terapeutas ocupacionais na APS.
Palavras-chave
Health Services Accessibility, Rehabilitation, Primary Health Care, Human Resources, Accesibilidad a los Servicios de Salud, Rehabilitación, Atención Primaria de Salud, Recursos Humanos, Acesso aos Serviços de Saúde, Reabilitação, Atenção Primária à Saúde
Referências
  1. Ballarin Maria Luisa Gazabim Simões, 2012, Interface (Botucatu), V16, P767, DOI 10.1590/S1414-32832012000300014
  2. Bernabe-Ortiz A, 2016, DISABIL REHABIL, V38, P582, DOI 10.3109/09638288.2015.1051246
  3. Campos Claudia Valentina de Arruda, 2008, Rev. Adm. Pública, V42, P347, DOI 10.1590/S0034-76122008000200007
  4. Silva Andréa Tenório Correia da, 2012, Cad. Saúde Pública, V28, P2076, DOI 10.1590/S0102-311X2012001100007
  5. Costa Larissa R., 2012, Braz. J. Phys. Ther., V16, P422, DOI 10.1590/S1413-35552012000500002
  6. Cunha Gustavo Tenório, 2011, Saude soc., V20, P961, DOI 10.1590/S0104-12902011000400013
  7. da Cunha EM, 2011, CIENC SAUDE COLETIVA, V16, P1029, DOI 10.1590/S1413-81232011000700036
  8. Dibai Filho AV, 2012, Rev Bras Promoç Saúde, V25, P397
  9. Falci Denise Mourão, 2013, Interface (Botucatu), V17, P885, DOI 10.1590/S1414-32832013000400010
  10. Ferrer Michele Lacerda Pereira, 2015, Fisioter. Pesqui., V22, P223, DOI 10.590/1809-2950/13038422032015
  11. Feuerwerker Laura, 2005, Interface (Botucatu), V9, P489, DOI 10.1590/S1414-32832005000300003
  12. Gawryszewski Ana Raquel Bonder, 2012, Physis, V22, P119, DOI 10.1590/S0103-73312012000100007
  13. Gomes FM, 2011, CIENC SAUDE COLETIVA, V16, P893, DOI 10.1590/S1413-81232011000700021
  14. Hajjioui A, 2015, J REHABIL MED, V47, P593, DOI 10.2340/16501977-1979
  15. Kanno Natália de Paula, 2012, Saude soc., V21, P884, DOI 10.1590/S0104-12902012000400008
  16. Lancman S, 2013, REV SAUDE PUBL, V47, P968, DOI 10.1590/S0034-8910.2013047004770
  17. Lefévre F, 2005, Depoimentos e discursos: uma proposta de análise em pesquisa social
  18. Matumoto Silvia, 2011, Rev. Latino-Am. Enfermagem, V19, P123, DOI 10.1590/S0104-11692011000100017
  19. MINAYO M. C. de S, 1996, O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde
  20. Peiter Caroline Cechinel, 2016, Saúde debate, V40, P63, DOI 10.1590/0103-1104201611105
  21. Pinto Diego Muniz, 2011, Texto contexto - enferm., V20, P493, DOI 10.1590/S0104-07072011000300010
  22. Sena RR, 2008, INTERFACE-BOTUCATU, V12, P23
  23. Silva Mariana Antunes da, 2014, Interface (Botucatu), V18, P75, DOI 10.1590/1807-57622013.0264
  24. Technical Notes - Global Health Workforce Statistics database
  25. 2010, Resolução nº 7, de 24 de fevereiro de 2010. Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências, P48
  26. 2004, Relatório sobre prevalência de deficiências, incapacidades e desvantagens
  27. 2012, Relatório Mundial sobre a Deficiência
  28. 2008, Portaria GM Nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF
  29. 2007, A pessoa com deficiência e o Sistema Único de Saúde
  30. 2009, Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família
  31. 2014, Cadernos de Atenção Básica
  32. 2010, Caderno de Atenção Básica de Diretrizes do NASF
  33. 2012, Política Nacional de Atenção Básica
  34. Departamento de Informática do SUS
  35. Estimativas populacionais para os municípios brasileiros em 2013
  36. 2012, Autoavaliação para a melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica: AMAQ