Papel dos níveis de BNP no prognóstico da insuficiência cardíaca avançada descompensada

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
8
Tipo de produção
article
Data de publicação
2013
Editora
ARQUIVOS BRASILEIROS CARDIOLOGIA
Indexadores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Autor de Grupo de pesquisa
Editores
Coordenadores
Organizadores
Citação
ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, v.100, n.3, p.281-287, 2013
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
Background: Heart failure (HF) is a condition with poor outcome, especially in advanced cases. Determination of B-type natriuretic peptide (BNP) levels is useful in the diagnosis of cardiac decompensation and has also been proving useful in the prognostic evaluation. Objectives: To verify whether BNP levels are able to identify patients with a poorer outcome and whether it is an independent prognostic factor considering age, gender, cardiac and renal functions, as well as the cause of heart disease. Methods: 189 patients in functional class III/IV advanced HF were studied. All had systolic dysfunction and had their BNP levels determined during hospitalization. Variables related to mortality were studied using univariate and multivariate analyses. Results: BNP levels were higher in patients who died in the first year of follow-up (1,861.9 versus 1,408.1 pg/dL; p = 0.044) and in chagasic patients (1,985 versus 1,452 pg/mL; p = 0.001); the latter had a higher mortality rate in the first year of follow-up (56% versus 35%; p = 0.010). The ROC curve analysis showed that the BNP level of 1,400 pg/mL was the best predictor of events; high levels were associated with lower LVEF (0.23 versus 0.28; p = 0.002) and more severe degree of renal dysfunction (mean urea 92 versus 74.5 mg/dL; p = 0.002). Conclusion: In advanced HF, high BNP levels identified patients at higher risk of a poorer outcome. Chagasic patients showed higher BNP levels than those with heart diseases of other causes, and have poorer prognosis (Arq Bras Cardiol. 2013; 100(3): 281-287).
FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca (IC) é doença que cursa com má evolução, especialmente naqueles com IC avançada. A dosagem de peptídeo natriurético tipo B(BNP), ao lado da utilidade no diagnóstico da descompensação cardíaca, vem se mostrando útil na avaliação prognóstica. OBJETIVOS: Verificar se os níveis de BNP identificam quais pacientes evoluiriam pior e se o BNP seria fator independente de mortalidade considerando-se idade, sexo, funções cardíaca e renal e etiologia da cardiopatia. MÉTODOS: 189 pacientes com IC avançada em classe funcional III/IV foram estudados. Todos tinham disfunção sistólica e dosaram-se os níveis de BNP na hospitalização. Analisaram-se as variáveis relacionadas com a mortalidade através de análises univariada e multivariada. RESULTADOS: Os níveis de BNP foram mais elevados nos pacientes que morreram no primeiro ano de seguimento (1.861,9 versus 1.408,1 pg/dL; p = 0,044) e nos chagásicos (1.985 versus 1.452 pg/mL; p = 0,001), e esses pacientes chagásicos tiveram maior mortalidade no primeiro ano de seguimento (56% versus 35%; p = 0,010). Pela curva ROC, o valor de BNP de 1.400 pg/mL foi o melhor preditor de eventos, estando os valores elevados associados a FEVE mais baixa (0,23 versus 0,28; p = 0,002) e maior grau de disfunção renal (ureia média 92 versus 74,5 mg/dL; p = 0,002). CONCLUSÃO: Na IC avançada, os níveis elevados de BNP identificam pacientes com maior potencial de pior evolução. Os pacientes chagásicos apresentam níveis mais elevados de BNP do que as outras etiologias e têm pior evolução.
Palavras-chave
Heart Failure, Natriuretic Peptides, Prognosis, Survivorship (Public Health), Insuficiência Cardíaca, Peptídeos Natriuréticos, Prognóstico, Sobrevida
Referências
  1. Anand IS, 2003, CIRCULATION, V107, P1278, DOI 10.1161/01.CIR.0000054164.99881.00
  2. Bettencourt P, 2002, AM J MED, V113, P215, DOI 10.1016/S0002-9343(02)01184-1
  3. Bocchi EA, 2009, ARQ BRAS CARDIOL S1, V92, P1
  4. Fonarow GC, 2008, AM J CARDIOL, V101, P231, DOI 10.1016/j.amjcard.2007.07.066
  5. Freitas HFG, 2005, INT J CARDIOL, V102, P239, DOI 10.1016/j.ijcard.2004.05.025
  6. Gislason GH, 2007, CIRCULATION, V116, P737, DOI 10.1161/CIRCULATIONAHA.106.669101
  7. Krum H, 2011, LANCET, V378, P713, DOI 10.1016/S0140-6736(11)61038-6
  8. Lanfear DE, 2011, AM J CARDIOL, V107, P74, DOI 10.1016/j.amjcard.2010.08.045
  9. Maisel AS, 2002, NEW ENGL J MED, V347, P161, DOI 10.1056/NEJMoa020233
  10. Mueller C, 2004, NEW ENGL J MED, V350, P647, DOI 10.1056/NEJMoa031681
  11. Pereira-Barretto AC, 2008, ARQ BRAS CARDIOL, V91, P335
  12. Pocock SJ, 2006, EUR HEART J, V27, P65, DOI 10.1093/eurheartj/ehi555
  13. Silva CP, 2008, ARQ BRAS CARDIOL, V91, P358
  14. Verdiani V, 2005, EUR J HEART FAIL, V7, P566, DOI 10.1016/j.ejheart.2004.12.006