Ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato é um bom preditor de íon gap forte em pacientes enfermos graves: estudo de coorte em nicho
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2013
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
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REVISTA BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA, v.25, n.3, p.205-211, 2013
Resumo
OBJECTIVE: Corrected anion gap and strong ion gap are commonly used to estimate unmeasured anions. We evaluated the performance of the anion gap corrected for albumin, phosphate and lactate in predicting strong ion gap in a mixed population of critically ill patients. We hypothesized that anion gap corrected for albumin, phosphate and lactate would be a good predictor of strong ion gap, independent of the presence of metabolic acidosis. In addition, we evaluated the impact of strong ion gap at admission on hospital mortality. METHODS: We included 84 critically ill patients. Correlation and agreement between the anion gap corrected for albumin, phosphate and lactate and strong ion gap was evaluated by the Pearson correlation test, linear regression, a Bland-Altman plot and calculating interclass correlation coefficient. Two subgroup analyses were performed: one in patients with base-excess <-2mEq/L (low BE group - lBE) and the other in patients with base-excess >-2mEq/L (high BE group - hBE). A logistic regression was performed to evaluate the association between admission strong ion gap levels and hospital mortality. RESULTS: There was a very strong correlation and a good agreement between anion gap corrected for albumin, phosphate and lactate and strong ion gap in the general population (r2=0.94; bias 1.40; limits of agreement -0.75 to 3.57). Correlation was also high in the lBE group (r2=0.94) and in the hBE group (r2=0.92). High levels of strong ion gap were present in 66% of the whole population and 42% of the cases in the hBE group. Strong ion gap was not associated with hospital mortality by logistic regression. CONCLUSION: Anion gap corrected for albumin, phosphate and lactate and strong ion gap have an excellent correlation. Unmeasured anions are frequently elevated in critically ill patients with normal base-excess. However, there was no association between unmeasured anions and hospital mortality.
OBJETIVO: Ânion gap corrigido e íon gap forte são usados comumente para estimar os ânions não medidos. Avaliamos o desempenho do ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato na predição do íon gap forte em uma população mista de pacientes enfermos graves. Formulamos a hipótese de que o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato seria um bom preditor do íon gap forte, independentemente da presença de acidose metabólica. Além disso, avaliamos o impacto do íon gap forte por ocasião da admissão na mortalidade hospitalar. MÉTODOS: Incluímos 84 pacientes gravemente enfermos. A correlação e a concordância entre o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte foi avaliada utilizando-se os testes de correlação de Pearson, regressão linear, plot de Bland-Altman e pelo cálculo do coeficiente de correlação interclasse. Foram realizadas duas análises de subgrupos: uma para pacientes com excesso de base <-2mEq/L (grupo com baixo excesso de base) e outro grupo de pacientes com excesso de base >-2mEq/L (grupo com alto excesso de base). Foi realizada uma regressão logística para avaliar a associação entre os níveis de íon gap forte na admissão e a mortalidade hospitalar. RESULTADOS: Houve correlação muito forte e uma boa concordância entre o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte na população geral (r2=0,94; bias 1,40; limites de concordância de -0,75 a 3,57). A correlação foi também elevada nos grupos com baixo excesso de base (r2=0,94) e alto excesso de base (r2=0,92). Estavam presentes níveis elevados de íon gap forte em 66% da população total e 42% dos casos do grupo alto excesso de. Íon gap forte não se associou com a mortalidade hospitalar, conforme avaliação pela regressão logística. CONCLUSÃO: O ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte tiveram uma excelente correlação. Os ânions não medidos estão frequentemente elevados em pacientes gravemente enfermos com excesso de base normal. Entretanto, não ocorreu associação entre os ânions não medidos e a mortalidade hospitalar.
OBJETIVO: Ânion gap corrigido e íon gap forte são usados comumente para estimar os ânions não medidos. Avaliamos o desempenho do ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato na predição do íon gap forte em uma população mista de pacientes enfermos graves. Formulamos a hipótese de que o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato seria um bom preditor do íon gap forte, independentemente da presença de acidose metabólica. Além disso, avaliamos o impacto do íon gap forte por ocasião da admissão na mortalidade hospitalar. MÉTODOS: Incluímos 84 pacientes gravemente enfermos. A correlação e a concordância entre o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte foi avaliada utilizando-se os testes de correlação de Pearson, regressão linear, plot de Bland-Altman e pelo cálculo do coeficiente de correlação interclasse. Foram realizadas duas análises de subgrupos: uma para pacientes com excesso de base <-2mEq/L (grupo com baixo excesso de base) e outro grupo de pacientes com excesso de base >-2mEq/L (grupo com alto excesso de base). Foi realizada uma regressão logística para avaliar a associação entre os níveis de íon gap forte na admissão e a mortalidade hospitalar. RESULTADOS: Houve correlação muito forte e uma boa concordância entre o ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte na população geral (r2=0,94; bias 1,40; limites de concordância de -0,75 a 3,57). A correlação foi também elevada nos grupos com baixo excesso de base (r2=0,94) e alto excesso de base (r2=0,92). Estavam presentes níveis elevados de íon gap forte em 66% da população total e 42% dos casos do grupo alto excesso de. Íon gap forte não se associou com a mortalidade hospitalar, conforme avaliação pela regressão logística. CONCLUSÃO: O ânion gap corrigido para albumina, fosfato e lactato e o íon gap forte tiveram uma excelente correlação. Os ânions não medidos estão frequentemente elevados em pacientes gravemente enfermos com excesso de base normal. Entretanto, não ocorreu associação entre os ânions não medidos e a mortalidade hospitalar.
Palavras-chave
Acid-base equilibrium/ physiology, Critical illness, Blood chemical analysis, Serum albumin/blood, Phosphate/ blood, Lactate/blood, Prognosis, Equilibrio acido-base/fisiologia, Estado terminal, Analise quimica do sangue, Albumina serica/sangue, Fosfatos/sangue, Lactatos/sangue, Prognostico
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