Análise da ortografia de alunos do 4º ano do Ensino Fundamental a partir de ditado de palavras

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
4
Tipo de produção
article
Data de publicação
2013
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
Autores
SANTOS, Maria Thereza Mazorra dos
Citação
CODAS, v.25, n.3, p.256-261, 2013
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
PURPOSE: The purpose of this study was to establish a profile of the spelling patterns studied in students from public and private schools and to describe a word spelling task for clinical and educational settings. METHODS: Eighty-two fourth grade students belonging to the elementary school of public and private schools in São Paulo, ranging in age from nine to ten years, took part in this study. The spelling task consisted of a list of ten high frequency words (HFW), ten low frequency words (LFW), and ten pseudowords (PW), in which the typology and number of spelling errors were described. To compare the average number of mistakes on the HFWs, LFWs, and PWs, we used an analysis of variance and Tukey's multiple comparisons (p<0.05). Using a cluster analysis, homogeneous groups were formed based on their performance. RESULTS: Results indicated that the average number of mistakes in the LFWs was higher than in the HFWs (p=0.000) and PWs (p=0.000), and the number of mistakes in the HFWs was lower than in the PWs (p=0.009). The highest number of mistakes was found in the following categories: ""others"", ""rule generalization"", ""omission"", ""voiced-voiceless"", and ""addition"". There were no mistakes of the type ""ão-am"" and ""blend-separation"" in the HFWs. CONCLUSION: Spelling errors are a part of the process of learning to write, and students can show some variance in spelling performance. Furthermore, students need to be stimulated to analyze words and their aspects of phonology, morphology, and semantics. An analysis from the types of errors is not enough to plan intervention programs, but instead is necessary to understand the strategies that the child uses to write.
OBJETIVO: Caracterizar a ortografia de alunos de escolas públicas e particulares e apresentar ferramenta de ditado de palavras de fácil aplicação para o contexto clínico e educacional. MÉTODOS: Participaram deste estudo 82 alunos de 4º ano do Ensino Fundamental da Grande São Paulo, de 9 a 10 anos. O ditado consistiu de dez palavras de alta frequência (PAF), dez de baixa frequência (PBF) e dez pseudopalavras (PP), a partir do qual se analisou a tipologia e o número de erros ortográficos. Foi realizada análise estatística dos resultados e para comparar os números médios de erros entre as PAF, PBF e PP, utilizou-se a Análise de Variância e o método de comparações múltiplas de Tukey (p<0,05). Pela técnica de Análise de Agrupamentos formou-se grupos homogêneos de acordo com seu desempenho. RESULTADOS: As análises Indicaram que o número médio de erros nas PBF é maior que nas PAF (p=0,000) e que nas PP (p=0,000); o número de erros nas PAF é menor que nas PP (p=0,009). Maior número de erros ocorreu nos tipos ""Outros"", ""Generalização de Regra"", ""Omissão"", ""Surdas-Sonoras"" e ""Acréscimo"". Não houve erros do tipo ""Ão-Am"" em nenhuma das palavras e de ""Junção-Separação"" nas PAF. CONCLUSÃO: Erros fazem parte do processo de aprendizagem da escrita. Os alunos podem apresentar alguma variabilidade no domínio da ortografia, para tanto devem ser estimulados a analisar palavras em seus aspectos fonológicos, morfológicos e semânticos. A análise a partir dos tipos de erros não é suficiente para pensar a intervenção. É necessário que se compreenda as estratégias que a criança utiliza para escrever.
Palavras-chave
Language tests, Learning, Language arts, Education, Handwriting, Testes de linguagem, Aprendizagem, Estudos de linguagem, Educação, Escrita manual
Referências
  1. 1 7, 1998, Aprender a escrever: a apropriação do sistema ortográfico
  2. Ávila CRB, 2001, Rev Soc Bras Fonoaudiol, V1, P23
  3. Bacha SMC, 2001, Pro Fono., V13, P219
  4. BARRY C, 1988, Q J EXP PSYCHOL-A, V40, P5
  5. CAMPBELL R, 1985, J EXP CHILD PSYCHOL, V40, P133, DOI 10.1016/0022-0965(85)90069-4
  6. Cardoso-Martins Cláudia, 2005, Psicol. Reflex. Crit., V18, P330, DOI 10.1590/S0102-79722005000300006
  7. Dias R. S., 2008, REV SOC BRAS FONOAUD, V13, P381
  8. Ehri L, 1986, Advances in Developmental and Behavioral Pediatrics, P121
  9. FERREIRO E., 1989, Psicogênese da língua escrita
  10. GENTRY JR, 1982, READ TEACH, V36, P192
  11. Johnson RA, 1992, Applied Multivariate Statistical Analysis
  12. Nation K, 2007, J EXP CHILD PSYCHOL, V96, P71, DOI 10.1016/j.jecp.2006.06.004
  13. Neter J, 1996, Applied linear statistical models
  14. Nunes T, 2003, SCI STUD READ, V7, P289, DOI 10.1207/S1532799XSSR0703_6
  15. Nunes T, 1997, DEV PSYCHOL, V33, P637, DOI 10.1037/0012-1649.33.4.637
  16. Perfetti C. A., 1997, LEARNING SPELL RES T, P21
  17. Pinheiro A, 1996, Contagem de frequência de ocorrência e análise psicolinguística de palavras expostas a crianças na faixa pré-escolar e séries iniciais do 1º Grau
  18. Pollo TC, 2005, J EXP CHILD PSYCHOL, V92, P161, DOI 10.1016/j.jecp.2005.01.006
  19. Queiroga B. A. M., 2006, Psicologia: Teoria e Pesquisa, V22, P95
  20. Queiroga BAM, 2004, Rev Soc Bras Fonoaudiol, V9, P73
  21. Senechal M, 2006, J EXP CHILD PSYCHOL, V95, P231, DOI 10.1016/j.jecp.2006.05.003
  22. Treiman R, 2003, ADV CHILD DEV BEHAV, V31, P105
  23. Treiman R., 1994, CHILD DEV, V65, P1310
  24. Treiman R, 1996, J EXP CHILD PSYCHOL, V63, P141, DOI 10.1006/jecp.1996.0045
  25. Wertzner HF, 2000, ABFW: teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática, P5
  26. Zorzi J, 2005, Tratado de fonoaudiologia, P877