Use of statins and the incidence of type 2 diabetes mellitus
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Tipo de produção
article
Data de publicação
2015
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Associação Médica Brasileira
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Citação
REVISTA DA ASSOCIAçãO MéDICA BRASILEIRA, v.61, n.4, p.375-380, 2015
Resumo
Introduction: the use of statins is associated with reduced cardiovascular risk in studies of primary and secondary prevention, and the reduction is directly proportional to the reduction of LDL-cholesterol. Recent evidence suggests that statins may be associated with a higher incidence of new cases of diabetes. The aim of this review is to explore this possibility, identifying factors associated with the increase in risk and the potential diabetogenic mechanisms of statins. In addition, we evaluated if the risk of diabetes interferes with the reduction in cardiovascular risk achieved with statins.Methods:we reviewed articles published in the Scielo and Pubmed databases, which assessed or described the association between use of statins and risk of diabetes up to June 2015.Results:use of statins is associated with a small increase in the incidence of new cases of diabetes. Age, potency of statin therapy, presence of metabolic syndrome, impaired fasting blood glucose, overweight and previously altered glycated hemoglobin levels are associated with increased risk of diabetes, but there is no consensus about the possible diabetogenic mechanisms of statins. In patients candidate to hypolipemiant drug therapy, the benefit of reducing cardiovascular risk outweighs any risk increase in the incidence of diabetes.Conclusion:statins are associated with a small increase in incidence of diabetes in patients predisposed to glycemic alteration. However, since the benefit of cardiovascular risk reduction prevails even in this group, there is no evidence to date that this finding should change the recommendation of starting statin therapy.
Introdução: o uso de estatinas está associado à redução do risco cardiovascular em estudos de prevenção primária e secundária, e essa redução ocorre de modo diretamente proporcional à redução de LDL-colesterol. Evidências recentes sugerem que estatinas podem estar associadas à maior incidência de novos casos de diabetes. O objetivo desta revisão é identificar os fatores associados ao aumento de risco e os potenciais mecanismos diabetogênicos das estatinas. Além disso, avaliou-se se o risco de diabetes interfere na redução de risco cardiovascular obtida com as estatinas.Métodos:foram revisados artigos publicados nas bases de dados Scielo e Pubmed, que avaliaram ou descreveram a associação do uso de estatinas com o risco de diabetes até junho de 2015.Resultados:o uso de estatinas está associado a um pequeno aumento na incidência de novos casos de diabetes. Idade, potência do tratamento com estatina, presença de síndrome metabólica, glicemia de jejum alterada, excesso de peso e hemoglobina glicada previamente alterada estão associados a um maior risco de diabetes, mas não há consenso sobre os possíveis mecanismos diabetogênicos das estatinas. Nos pacientes candidatos à terapêutica hipolipemiante, o benefício de redução do risco cardiovascular supera qualquer aumento de risco na incidência de diabetes.Conclusão:estatinas estão associadas a um pequeno aumento na incidência de diabetes em pacientes predispostos a alterações glicêmicas. Entretanto, como persiste, mesmo nesse grupo, o benefício da redução de risco cardiovascular, não há qualquer evidência até o momento de que esse achado deva mudar a decisão de iniciar o tratamento com estatinas.
Introdução: o uso de estatinas está associado à redução do risco cardiovascular em estudos de prevenção primária e secundária, e essa redução ocorre de modo diretamente proporcional à redução de LDL-colesterol. Evidências recentes sugerem que estatinas podem estar associadas à maior incidência de novos casos de diabetes. O objetivo desta revisão é identificar os fatores associados ao aumento de risco e os potenciais mecanismos diabetogênicos das estatinas. Além disso, avaliou-se se o risco de diabetes interfere na redução de risco cardiovascular obtida com as estatinas.Métodos:foram revisados artigos publicados nas bases de dados Scielo e Pubmed, que avaliaram ou descreveram a associação do uso de estatinas com o risco de diabetes até junho de 2015.Resultados:o uso de estatinas está associado a um pequeno aumento na incidência de novos casos de diabetes. Idade, potência do tratamento com estatina, presença de síndrome metabólica, glicemia de jejum alterada, excesso de peso e hemoglobina glicada previamente alterada estão associados a um maior risco de diabetes, mas não há consenso sobre os possíveis mecanismos diabetogênicos das estatinas. Nos pacientes candidatos à terapêutica hipolipemiante, o benefício de redução do risco cardiovascular supera qualquer aumento de risco na incidência de diabetes.Conclusão:estatinas estão associadas a um pequeno aumento na incidência de diabetes em pacientes predispostos a alterações glicêmicas. Entretanto, como persiste, mesmo nesse grupo, o benefício da redução de risco cardiovascular, não há qualquer evidência até o momento de que esse achado deva mudar a decisão de iniciar o tratamento com estatinas.
Palavras-chave
statin, diabetes mellitus, cardiovascular risk, estatina, risco cardiovascular
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