EMMA Study: a Brazilian community-based cohort study of stroke mortality and morbidity

Abstract

CONTEXT AND OBJECTIVE: Stroke has a high burden of disability and mortality. The aim here was to evaluate epidemiology, risk factors and prognosis for stroke in the EMMA Study (Study of Stroke Mortality and Morbidity). DESIGN AND SETTINGS: Prospective community-based cohort carried out in Hospital Universitario, University of Sao Paulo, 2006-2014. METHODS: Stroke data based on fatal and non-fatal events were assessed, including sociodemographic data, mortality and predictors, which were evaluated by means of logistic regression and survival analyses. RESULTS: Stroke subtype was better defined in the hospital setting than in the local community. In the hospital phase, around 70% were first events and the ischemic subtype. Among cerebrovascular risk factors, the frequency of alcohol intake was higher in hemorrhagic stroke (HS) than in ischemic stroke (IS) cases (35.4% versus 12.3%, P < 0.001). Low education was associated with higher risk of death, particularly after six months among IS cases (odds ratio, OR, 4.31; 95% confidence interval, CI, 1.34-13.91). The risk of death due to hemorrhagic stroke was greater than for ischemic stroke and reached its maximum 10 days after the event (OR: 3.31; 95% CI: 1.55-7.05). Four-year survival analysis on 665 cases of first stroke (82.6% ischemic and 17.4% hemorrhagic) showed an overall survival rate of 48%. At four years, the highest risks of death were in relation to ischemic stroke and illiteracy (hazard ratio, HR: 1.83; 95% CI: 1.26-2.68) and diabetes (HR: 1.45; 95% CI: 1.07-1.97). Major depression presented worse one-year survival (HR: 4.60; 95% CI: 1.36-15.55). CONCLUSION: Over the long term, the EMMA database will provide additional information for planning resources destined for the public healthcare system.

CONTEXTO E OBJETIVO: O acidente vascular cerebral (AVC) tem alta carga de incapacidade e mortalidade. Objetivou-se avaliar a epidemiologia, fatores de risco e prognóstico do AVC no Estudo EMMA (Estudo da Mortalidade e Morbidade do AVC). TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo longitudinal prospectivo de base comunitária conduzido em hospital universitário. MÉTODOS: Dados sobre AVC baseados em eventos fatais e não fatais foram avaliados, incluindo dados sociodemográficos, mortalidade e preditores, por meio de regressão logística e análises de sobrevida. RESULTADOS: O subtipo de AVC foi melhor definido no ambiente hospitalar do que na comunidade local. Na fase hospitalar, cerca de 70% eram eventos primários e do subtipo isquêmico. Entre os fatores de risco cerebrovascular, a frequência de ingestão de álcool foi mais alta no AVC hemorrágico comparado com o isquêmico (35,4% versus 12,3%, P < 0,001). O risco de morte depois de AVC hemorrágico foi maior que o do AVC isquêmico e este gradiente foi máximo aos 10 dias após o evento (razão das chances, 3,31; intervalo de confiança (IC) de 95%: 1,55-7,05). Análise de sobrevivência em 4 anos com 665 casos de AVC primário (82,6% AVC isquêmico e 17,4% AVC hemorrágico) demonstrou taxa de sobrevida global de 48%. Aos 4 anos, maiores riscos de morte foram para casos de AVC isquêmico e pacientes analfabetos (hazard ratio, HR: 1,83; 95% IC: 1,26-2,68) ou com diabetes (HR:1,45; IC 95%: 1,07-1,97). ­Casos com depressão maior apresentaram pior sobrevida de 1 ano (HR: 4,60; IC 95%: 1,36-15,55). CONCLUSÃO: Em longo prazo, dados do EMMA fornecerão informações adicionais para planejamento de recursos destinados ao sistema de saúde público.