Poluição da queima de cana e sintomas respiratórios em escolares de Monte Aprazível, SP

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
22
Tipo de produção
article
Data de publicação
2011
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
REVISTA DE SAUDE PUBLICA
Autores
RIGUERA, Denise
ZANETTA, Dirce Maria Trevisan
Citação
REVISTA DE SAUDE PUBLICA, v.45, n.5, p.878-886, 2011
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of respiratory symptoms and to analyze associated factors as well as peak expiratory flow measurements in schoolchildren. METHODS: This is a descriptive cross-sectional study with schoolchildren aged 10-14 from the city of Monte Aprazivel (Southeastern Brazil). Questionnaires containing the asthma and rhinitis components of the International Study of Asthma and Allergies in Childhood were administered. The questionnaires also approached sociodemographic characteristics, predisposing factors, and family and personal medical history. Repeated measures of peak expiratory flow in the children, and of black carbon and particulate matter (PM2,5) concentration levels were carried out. RESULTS: The prevalence of asthma and rhinitis symptoms was 11% and 33.2%, respectively. Among asthmatic children, 10.6% presented four or more wheezing attacks in the past 12 months. Past family history of bronchitis and rhinitis was associated with presence of asthma (p=0.002 and p <0.001) and rhinitis (p <0.001 and p<0.001, respectively). Regarding rhinitis, there was association with presence of mold or cracks on the house (p=0.009). Rhinitis was most frequent from June to October, a period that matches the sugarcane harvest season. Daily prevalence of peak expiratory flow below 20% of the median of each child's measurements was higher in days with greater PM2,5 concentration. CONCLUSIONS: The prevalence of asthma symptoms is below and that of rhinitis is above the national average. Although within acceptable levels, pollution in the cane trash burn season may contribute to the exacerbation of asthma and rhinitis episodes.
OBJETIVO: Estimar a prevalência de sintomas respiratórios e analisar fatores associados, bem como medidas de pico de fl uxo expiratório em escolares. MÉTODOS: Estudo descritivo transversal com escolares de dez a 14 anos de Monte Aprazível, SP. Foram aplicados questionários sobre sintomas de asma e de rinite do protocolo International Study of Asthma and Allergies in Childhood, questões sociodemográficas, fatores predisponentes e antecedentes pessoais e familiares. Foram realizadas medidas repetidas do pico de fluxo expiratório nas crianças e dos níveis de concentração de material particulado (MP2,5) e de black carbon. RESULTADOS: A prevalência de sintomas de asma foi de 11% e de 33,2% de rinite; 10,6% apresentaram mais de quatro crises de sibilos nos últimos 12 meses. Antecedentes familiares para bronquite e rinite associaram-se à presença de asma (p = 0,002 e p <0,001) e de rinite atuais (p < 0,001 e p < 0,001, respectivamente). Para rinite, houve associação com presença de mofo ou rachadura na casa (p = 0,009). Houve maior freqüência de rinite nos meses de junho a outubro, período de safra da cana de açúcar. Prevalência diária de pico de fluxo expiratório abaixo de 20% da mediana de medidas na criança foi maior em dias com maior concentração de MP2,5. CONCLUSÕES: A prevalência de sintomas de asma está abaixo e a de rinite está acima da média nacional. Ainda que dentro dos níveis aceitáveis, a poluição nos períodos de queima da palha da cana-de-açúcar pode contribuir para a exacerbação de episódios de asma e de rinite.
Palavras-chave
Respiratory Tract Diseases, epidemiology, Smoke, adverse effects, Agricultural Cultivation, Air Pollution, Cross-Sectional Studies, Doenças Respiratórias, epidemiologia, Fumaça, efeitos adversos, Cultivos Agrícolas, Poluição do Ar, Estudos Transversais
Referências
  1. Sole D, 1998, J INVEST ALLERG CLIN, V8, P376
  2. Brunekreef B, 2002, LANCET, V360, P1233, DOI 10.1016/S0140-6736(02)11274-8
  3. Hoek G, 1998, EUR RESPIR J, V11, P1307, DOI 10.1183/09031936.98.11061307
  4. Vanna AT, 2001, PEDIATR ALLERGY IMMU, V12, P95, DOI 10.1034/j.1399-3038.2001.012002095.x
  5. Guo YLL, 1999, ENVIRON HEALTH PERSP, V107, P1001
  6. Renzetti G, 2009, PEDIATRICS, V123, P1051, DOI 10.1542/peds.2008-1153
  7. Cancado JE, 2006, ENVIRON HEALTH PERSP, V114, P725, DOI 10.1289/ehp.8485
  8. Maia JGS, 2004, REV SAUDE PUBL, V38, P292, DOI 10.1590/S0034-89102004000200020
  9. Arbex MA, 2000, J AIR WASTE MANAGE, V50, P1745
  10. Arbex MA, 2007, J EPIDEMIOL COMMUN H, V61, P395, DOI 10.1136/jech.2005.044743
  11. Scapellato ML, 2007, CRIT REV TOXICOL, V37, P461, DOI 10.1080/10408440701385622
  12. Kuschnir FC, 2007, CAD SAUDE PUBLICA, V23, P919, DOI 10.1590/S0102-311X2007000400019
  13. Boechat José Laerte, 2005, J. bras. pneumol., V31, P111, DOI 10.1590/S1806-37132005000200005
  14. Borges Wellington G, 2006, J Pediatr (Rio J), V82, P137, DOI 10.1590/S0021-75572006000200011
  15. Cassol Vitor Emanuel, 2005, J. bras. pneumol., V31, P191, DOI 10.1590/S1806-37132005000300003
  16. Castro Hermano Albuquerque de, 2009, Rev Saude Publica, V43, P26, DOI 10.1590/S0034-89102009000100004
  17. Curtis Luke, 2006, Environ Int, V32, P815, DOI 10.1016/j.envint.2006.03.012
  18. Farhat SCL, 2005, BRAZ J MED BIOL RES, V38, P227, DOI 10.1590/S0100-879X2005000200011
  19. Gilliland FD, 2009, PEDIATRICS, V123, pS168, DOI 10.1542/peds.2008-2233G
  20. Mazzoli-Rocha F, 2008, ENVIRON RES, V108, P35, DOI 10.1016/j.envres.2008.05.004
  21. Patel SP, 2008, ENVIRON HEALTH-GLOB, V7, DOI 10.1186/1476-069X-7-57
  22. Rios JLM, 2004, ANN ALLERG ASTHMA IM, V92, P629
  23. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2006, J BRAS PNEUMOL S7, V32, pS447, DOI [DOI 10.1590/S1806-37132006001100002, 10.1590/S1806-37132006001100002]
  24. Solé Dirceu, 2006, J Pediatr (Rio J), V82, P341, DOI 10.1590/S0021-75572006000600006
  25. Sole D, 2007, J INVEST ALLERG CLIN, V17, P6
  26. WHO Regional Office for Europe, 2005, EFF AIR POLL CHILDR