Clinical and Demographic Profile of Anesthesiologists Using Alcohol and Other Drugs under Treatment in a Pioneering Program in Brazil

Autores
ALVES, Hamer Nastasy Palhares
VIEIRA, Denise Leite
LARANJEIRA, Ronaldo Ramos
MARTINS, Luiz Antonio Nogueira
Citação
REVISTA BRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA, v.62, n.3, p.356-364, 2012
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
Background and objectives: Anesthesiologists are the majority in impaired-physician programs that assist physicians who abuse psychoactive substances. The aim of this paper is to show a descriptive study about the clinical and sociodemographic profile of a sample of chemically dependent anesthesiologists treated in a reference program. In addition, the objective is to cite the psychiatric comorbities, the most frequently used drugs and the psychosocial and professional repercussions of substance abuse. Method: A cross-sectional and prospective study was conducted, and a socio-occupational questionnaire and a structured interview were carried out to diagnose mental and psychoactive substance use disorders, according to the International Classification of Diseases (the ICD-10). The questionnaire and the structured interview were carried out by two skilled researchers. Results: Fifty-seven anesthesiologists were interviewed. Most of them were male (77.2%), and the mean age was 36.1 years (SD = 8.5%). A high prevalence of abuse of opioid (59.6%), benzodiazepine (3.1%) and alcohol (35.1%) was observed. Opioid users sought treatment earlier than other substance users and usually they were under pressure from their colleagues and the Regional Council of Medicine. The incidence of drug abuse for self-medication was high in this subgroup. Conclusions: Anesthesiologists may present a different profile concerning the risks of opioid use. Opioid abuse usually begins during medical residency or during the first years of clinical practice, which supports the hypothesis that addiction to opioids is an occupational issue among anesthesiologists.
Justificativa y objetivos: Los anestesiólogos son los más representados en los servicios de atención a médicos con trastornos por el uso de sustancias psicoactivas. El objetivo de este trabajo, es presentar un estudio descriptivo sobre el perfil clínico y socio-demográfico de una muestra de anestesiólogos dependientes químicos, atendidos en un servicio de referencia, como también discriminar las comorbilidades psiquiátricas, las drogas a menudo utilizadas y las repercusiones psicosociales y profesionales del consumo. Método: Se hizo un estudio transversal, prospectivo, y se aplicaron entrevistas estructuradas para el diagnóstico de los trastornos mentales y de los trastornos por el uso de sustancias psicoactivas, con base en la Clasificación Internacional de Enfermedades (Versión 10) y cuestionario socio-ocupacional, aplicados por dos investigadores entrenados para tal función. Resultados: Cincuenta y siete anestesiólogos fueron entrevistados, en su mayoría del sexo masculino (77,2%), edad promedio de 36,1 años (DE = 8,5). Se observó una alta prevalencia del uso de opioides (59,6%), benzodiazepínicos (35,1%) y alcohol (35,1%). Los usuarios de opioides buscaron tratamiento más rápidamente si los comparamos con los no usuarios de esa sustancia y generalmente, bajo la influencia de la presión de colegas o del Órgano Regional de Medicina. El uso de drogas como automedicación fue elevado dentro de este subgrupo. Conclusiones: Los anestesiólogos pueden presentar un perfil distinto de riesgo de uso de opioides. El estándar de inicio de consumo, asociado a los años de residencia o a los primeros años de la práctica médica, refuerza la hipótesis de dependencia de opioides como el problema ocupacional entre los anestesiólogos.
Justificativa e objetivos: Anestesiologistas são os mais representados em serviços de atendimento a médicos com transtornos por uso de substâncias psicoativas. O objetivo deste trabalho é apresentar um estudo descritivo sobre o perfil clínico e sociodemográfico de uma amostra de anestesiologistas dependentes químicos atendidos em um serviço de referência, bem como elencar comorbidades psiquiátricas, drogas frequentemente utilizadas e repercussões psicossociais e profissionais do consumo. Método: Realizou-se estudo transversal, prospectivo, tendo sido aplicadas entrevistas estruturadas para diagnóstico de transtornos mentais e transtornos por uso de substâncias psicoativas, com base na Classificação Internacional de Doenças – Versão 10 – e questionário sócioocupacional, aplicados por dois pesquisadores treinados. Resultados:Cinquenta e sete anestesiologistas foram entrevistados, em sua maioria do sexo masculino (77,2%), idade média de 36,1 anos (DP = 8,5). Observou-se uma alta prevalência de uso de opioides (59,6%), benzodiazepínicos (35,1%) e álcool (35,1%). Usuários de opioides procuraram tratamento mais precocemente comparado aos não usuários desta substância e, geralmente, sob influência da pressão de colegas ou do conselho regional de medicina. O uso de drogas como automedicação foi elevado dentro deste subgrupo. Conclusões: Anestesiologistas podem apresentar um perfil distinto de risco de uso de opioides. O padrão de início de consumo, associado aos anos de residência médica ou aos primeiros anos da prática médica, reforça a hipótese de dependência de opioides como problema ocupacional entre anestesiologistas.
Palavras-chave
Occupational Diseases, Opioid-Related Disorders, Mental Health, ANESTESIOLOGISTA, DOENÇAS/Ocupacionais, ANESTESIÓLOGOS, ENFERMIDADES/Ocupacionais
Referências
  1. Alexander BH, 2000, ANESTHESIOLOGY, V93, P922, DOI 10.1097/00000542-200010000-00008
  2. Alves Hamer Nastasy P, 2005, Rev Assoc Med Bras, V51, P139, DOI 10.1590/S0104-42302005000300013
  3. Baldisseri MR, 2007, CRIT CARE MED, V35, pS106, DOI 10.1097/01.CCM.0000252918.87746.96
  4. Booth John V., 2002, Anesthesia and Analgesia, V95, P1024, DOI 10.1097/00000539-200210000-00043
  5. BREWSTER JM, 1986, JAMA-J AM MED ASSOC, V255, P1913, DOI 10.1001/jama.255.14.1913
  6. Gold MS, 2006, J ADDICT DIS, V25, P15, DOI 10.1300/J069v25n01_04
  7. Janca A, 1996, COMPR PSYCHIAT, V37, P180, DOI 10.1016/S0010-440X(96)90034-6
  8. Katsavdakis KA, 2004, B MENNINGER CLIN, V68, P60, DOI 10.1521/bumc.68.1.60.27732
  9. Kenna GA, 2008, ADDICT RES THEORY, V16, P383, DOI 10.1080/16066350701799005
  10. Kintz P, 2005, FORENSIC SCI INT, V153, P81, DOI 10.1016/j.forsciint.2005.04.033
  11. Merlo LJ, 2008, J ADDICT DIS, V27, P67, DOI 10.1080/10550880802122661
  12. Murray CJL, 1997, LANCET, V349, P1436, DOI 10.1016/S0140-6736(96)07495-8
  13. Newbury-Birch D, 2001, DRUG ALCOHOL DEPEN, V64, P265, DOI 10.1016/S0376-8716(01)00128-4
  14. Palhares-Alves HN, 2007, REV BRAS PSIQUIATR, V29, P258, DOI 10.1590/S1516-44462006005000038
  15. REGIER D A, 1990, Journal of the American Medical Association, V264, P2511, DOI 10.1001/jama.264.19.2511
  16. SPIEGELMAN WG, 1984, ANESTHESIOLOGY, V60, P335, DOI 10.1097/00000542-198404000-00009
  17. TALBOTT GD, 1987, JAMA-J AM MED ASSOC, V257, P2927, DOI 10.1001/jama.257.21.2927