Limites e possibilidades avaliativas da estratégia saúde da família para a violência de gênero

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
0
Tipo de produção
article
Data de publicação
2013
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem
Autores
FONSECA, Rosa Maria Godoy Serpa da
EGRY, Emiko Yoshikawa
Citação
REVISTA DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP, v.47, n.2, p.304-311, 2013
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
The study aimed to understand the evaluative limits and possibilities of the Family Health Strategy (FHS) in acknowledging and confronting the health needs of women experiencing gender-based violence. This was a case study with a qualitative approach, conducted in a Basic Health Unit that operated under the FHS in São Paulo (SP). Data were collected through interviews with health professionals of the multidisciplinary teams, and women users of the service who experienced gender-based violence. The results were analyzed according to the analytical categories: gender, gender-based violence and health needs. Medicalization was seen as the most significant limitation of professional practice. Moreover, there were opportunities related to the bond afforded by the logic of attention brought by the FHS. Such possibilities, however, were still curtailed by the limitations of the biomedical model and the absence of specific technologies to deal with violence.
Se objetiva comprender límites y posibilidades de evaluación de la Estrategia Salud de la Familia (ESF) respecto de detección y enfrentamiento de necesidades de salud de mujeres víctimas de violencia de género. Estudio de caso, de abordaje cualitativo, realizado en una Unidad Básica de Salud operando bajo la ESF en São Paulo-SP. Datos recolectados mediante entrevistas con profesionales de salud y con mujeres pacientes del servicio que experimentan situaciones de violencia de género. Los resultados fueron analizados según las categorías analíticas: género, violencia de género y necesidades en salud. Se constató que la medicalización fue la limitación más significativa de las prácticas profesionales. Sin embargo, se establecieron posibilidades relacionadas al vínculo facilitado por la lógica de atención instaurada con la ESF, aunque cercenadas por las limitaciones del modelo biomédico y la ausencia de tecnologías específicas para hacer frente a la violencia.
O estudo objetiva compreender os limites e as possibilidades avaliativas da Estratégia Saúde da Família (ESF) no que tange ao reconhecimento e enfrentamento de necessidades em saúde de mulheres que vivenciam violência de gênero. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde que opera sob a ESF em São Paulo (SP). Os dados foram coletados por meio de entrevistas com profissionais de saúde e com mulheres usuárias do serviço que vivenciaram situações de violência de gênero. Os resultados foram analisados segundo as categorias analíticas gênero, violência de gênero e necessidades em saúde. A medicalização foi constatada como a limitação mais significativa das práticas profissionais. Entretanto, foram constatadas possibilidades relacionadas ao vínculo propiciado pela lógica de atenção instaurada com a ESF, ainda que cerceadas pelas limitações do modelo biomédico e a ausência de tecnologias específicas para lidar com a violência.
Palavras-chave
Violence against women, Family Health Program, Health services needs and demand, Public health nursing, Violencia contra la mujer, Programa de Salud Familiar, Necesidades y demandas de servicios de salud, Enfermería en salud pública, Violência contra a mulher, Programa Saúde da Família, Necessidades e demandas de serviços de saúde, Enfermagem em saúde pública
Referências
  1. Andrade CJM, As equipes de saúde da família e a violência doméstica contra a mulher: um olhar de gênero
  2. BRASIL, 2003, Lei n. 10.778, de 24 de novembro de 2003. Notificação compulsória da violência contra a mulher
  3. Campos CMS, 2009, ENFERMAGEM SAUDE ADO, P142
  4. Colombini Manuela, 2008, Bull World Health Organ, V86, P635, DOI 10.2471/BLT.07.045906
  5. Dantas-Berger Sônia Maria, 2005, Cad. Saúde Pública, V21, P417, DOI 10.1590/S0102-311X2005000200008
  6. Deslandes S F, 2000, Cad Saude Publica, V16, P129, DOI 10.1590/S0102-311X2000000100013
  7. d'Oliveira Ana Flávia Pires Lucas, 2009, Ciênc. saúde coletiva, V14, P1037, DOI 10.1590/S1413-81232009000400011
  8. Egry EY, 2008, As necessidades em saúde na perspectiva da atenção básica: guia para pesquisadores, P9
  9. FIORIN José Luiz, 2006, Introdução ao pensamento de Bakhtin
  10. Fonseca RMGS, 2009, REV LAT-AM ENFERM, V17, P974, DOI 10.1590/S0104-11692009000600008
  11. Heckert ALC, 2007, RAZOES PUBLICAS INTE, P199
  12. Jorge MAS, Produção de sintomas como silenciamento da violência
  13. MCCAULEY J, 1995, ANN INTERN MED, V123, P737
  14. Merhy EE, 1999, CIENC SAUDE COLETIVA, V4, P305
  15. MINAYO Maria Cecilia de S, 2006, VIOLENCIA E SAUDE
  16. Oliveira CC, 2007, REV ESC ENFERM USP, V41, P605
  17. Organización Panamericana de la Salud, 2002, Informe mundial sobre la violencia y la salud: resumen
  18. Organización Panamericana de la Salud, 1994, Violencia y salud: resolución n. XIX
  19. Schraiber Lilia Blima, 2007, Rev. Saúde Pública, V41, P359, DOI 10.1590/S0034-89102007000300006
  20. Schraiber Lilia Blima, 2002, Rev. Saúde Pública, V36, P470, DOI 10.1590/S0034-89102002000400013
  21. Schraiber LB, 1996, SAUDE ADULTO PROGRAM, P29
  22. Schraiber Lilia Blima, 2009, Ciênc. saúde coletiva, V14, P1019, DOI 10.1590/S1413-81232009000400009