Primum non nocere or primum facere meliorem? Hacking the brain in the 21st century

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
6
Tipo de produção
article
Data de publicação
2017
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Citação
TRENDS IN PSYCHIATRY AND PSYCHOTHERAPY, v.39, n.4, p.232-238, 2017
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
Abstract Transcranial direct current stimulation (tDCS) is a non-invasive brain stimulation technique that modulates cortical excitability. It is devoid of serious adverse events and exerts variable effects on cognition, with several research findings suggesting that it can improve memory, verbal and mathematical skills. Because tDCS devices are low-cost, portable and relatively easy to assemble, they have become available outside of the medical setting and used for non-medical (“cosmetic”) purposes by laypersons. In this sense, tDCS has become a popular technique aiming to improve cognition and the achievement of a better performance not only at work, but also in other fields such as sports, leisure activities (video games) and even the military. In spite of these unforeseen developments, there has been a general paralysis of the medical and regulatory agencies to develop guidelines for the use of tDCS for cosmetic purposes. Several challenges are present, most importantly, how to restrict tDCS use outside of the medical setting in face of variable and sometimes conflicting results from scientific research. This article aims to describe the popular use of tDCS, in light of the pillars of neuroethics, a branch of bioethics relative to brain research. Between two possible but extreme solutions – total release or total restriction of tDCS – it is paramount to develop a spectrum of alternatives, which may vary over time and in different cultural backgrounds.
Resumo A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica não invasiva de estimulação cerebral que modula a excitabilidade cortical. A ETCC é desprovida de efeitos adversos graves e exerce efeitos variáveis sobre a cognição, com vários achados de pesquisa sugerindo que a técnica pode promover melhora nas habilidades mnêmica, verbal e matemática. Devido ao seu baixo custo, portabilidade e facilidade de montagem, os aparelhos de ETCC tornaram-se disponíveis fora do contexto médico, sendo usados para fins não médicos (“cosméticos”) por indivíduos leigos. Nesse sentido, a ETCC tornou-se um procedimento popular para aprimoramento da cognição e a realização de melhor desempenho não somente no ambiente de trabalho, mas também em campos tais como o esporte, atividades de lazer ( video games ) e até no meio militar. Apesar desses acontecimentos imprevisíveis, há uma certa morosidade das agências médicas e regulatórias em desenvolver diretrizes para o uso de ETCC para fins cosméticos. Há muitos desafios presentes, principalmente, como restringir o uso da ETCC fora do contexto médico em face de resultados variáveis, e muitas vezes conflitantes, da pesquisa científica sobre o tema. Este artigo tem como objetivo descrever o uso popular da ETCC sob a luz da neuroética, um ramo da bioética que se dedica ao estudo do cérebro. Entre duas situações possíveis, mas extremas – liberação ou restrição totais da ETCC –, é primordial o desenvolvimento de um espectro de alternativas, que podem variar ao longo do tempo e depender de diversos contextos culturais.
Palavras-chave
Transcranial direct current stimulation (tDCS), neuromodulation, neuroethics, bioethics, cosmetic cognitive enhancement, Estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), neuromodulação, neuroética, bioética, aprimoramento cognitivo cosmético
Referências
  1. Aparicio LVM, 2016, BRAIN STIMUL, V9, P671, DOI 10.1016/j.brs.2016.05.004
  2. Borducchi DM, 2016, Front Psychiatry, V7
  3. Brunoni AR, 2013, EUR PSYCHIAT, V28, P356, DOI 10.1016/j.eurpsy.2012.09.001
  4. Brunoni AR, 2011, PROG NEURO-PSYCHOPH, V35, P96, DOI 10.1016/j.pnpbp.2010.09.010
  5. Brunoni AR, 2012, PROG NEURO-PSYCHOPH, V39, P9, DOI 10.1016/j.pnpbp.2012.05.016
  6. Cattaneo Z, 2011, NEUROSCIENCE, V183, P64, DOI 10.1016/j.neuroscience.2011.03.058
  7. Civai C, 2015, SOC COGN AFFECT NEUR, V10, P1054, DOI 10.1093/scan/nsu154
  8. Dubljevic V, 2014, NEURON, V82, P731, DOI 10.1016/j.neuron.2014.05.003
  9. Figueroa G, 2016, Biol Res, V49
  10. Fitz NS, 2015, J MED ETHICS, V41, P410, DOI 10.1136/medethics-2013-101458
  11. Fregni F, 2015, Clin Res Regul Aff, V32, P22
  12. Galvez V, 2011, J ECT, V27, P256, DOI 10.1097/YCT.0b013e3182012b89
  13. Harari Y, 2016, Homo Deus: a brief history of humankind
  14. Hauser TU, 2016, BRAIN STIMUL, V9, P850, DOI 10.1016/j.brs.2016.07.007
  15. Horvath JC, 2014, FRONT SYST NEUROSCI, V8, DOI 10.3389/fnsys.2014.00002
  16. Horvath JC, 2015, BRAIN STIMUL, V8, P535, DOI 10.1016/j.brs.2015.01.400
  17. Jwa A, 2015, J LAW BIOSCI, V2, P292, DOI 10.1093/jlb/lsv017
  18. Katz B, 2017, J COGNITIVE NEUROSCI, P1
  19. Kelley NJ, 2015, EMOTION, V15, P550, DOI 10.1037/emo0000068
  20. Kuehne M, 2015, PLoS One, V10
  21. Lavazza A, 2017, FRONT HUM NEUROSCI, V11, DOI 10.3389/fnhum.2017.00113
  22. Lefaucheur JP, 2016, NEUROPHYSIOL CLIN, V46, P319, DOI 10.1016/j.neucli.2016.10.002
  23. Li MS, 2016, BRAIN STIMUL, V9, P955, DOI 10.1016/j.brs.2016.08.008
  24. Looi CY, 2016, Sci Rep, V6
  25. Mameli F, 2010, BEHAV BRAIN RES, V211, P164, DOI 10.1016/j.bbr.2010.03.024
  26. Mancuso LE, 2016, J COGNITIVE NEUROSCI, V28, P1063, DOI 10.1162/jocn_a_00956
  27. Maslen H, 2014, J LAW BIOSCI, V1, P68, DOI 10.1093/jlb/lst003
  28. Pereira M, 2017, NEUROREHABILITATION, V40, P195, DOI 10.3233/NRE-161404
  29. Pisoni A, 2017, NEUROSCIENCE, V352, P106, DOI 10.1016/j.neuroscience.2017.03.043
  30. Sarkar A, 2014, J NEUROSCI, V34, P16605, DOI 10.1523/JNEUROSCI.3129-14.2014
  31. Sellers KK, 2015, BEHAV BRAIN RES, V290, P32, DOI 10.1016/j.bbr.2015.04.031
  32. Sparing R, 2009, BRAIN, V132, P3011, DOI 10.1093/brain/awp154
  33. Steenbergen L, 2016, EXP BRAIN RES, V234, P637, DOI 10.1007/s00221-015-4391-9
  34. Talsma LJ, 2017, J COGNITIVE NEUROSCI, V29, P755, DOI 10.1162/jocn_a_01077
  35. To WT, 2016, EXPERT REV MED DEVIC, V13, P391, DOI 10.1586/17434440.2016.1153968
  36. Wexler A, 2017, Front Hum Neurosci, V11
  37. Wexler A, 2017, BRAIN STIMUL, V10, P187, DOI 10.1016/j.brs.2016.11.081
  38. Wexler A, 2015, J LAW BIOSCI, V2, P669, DOI 10.1093/jlb/lsv039
  39. Zhao H, 2017, Front Psychol, V8
  40. 2012, Resolução CFM nº 1.986/2012
  41. 2012, Resolução CFM nº 1.982/2012
  42. DARPA’s accelerated learning