Prevalência de alterações fonoaudiológicas na infância na região oeste de São Paulo

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
8
Tipo de produção
article
Data de publicação
2017
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
Citação
CODAS, v.29, n.6, p.e20160036, 2017
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
ABSTRACT Purpose To establish the speech-language disorders in children living in the western region of São Paulo; to assess associations between diagnosis hypotheses (DH) and the age, gender and origin of referral; and to investigate the degree of agreement between the complaint and the DH at the moment of speech-language screening. Methods Observational epidemiological study conducted at a laboratory of Primary Health Care. A survey of 525 medical records of children between 2002 and 2011 was conducted. The following variables were analyzed: gender and age of the child; origin of referral, complaint reported by parents, diagnosis hypothesis and referrals. Results There was a predominance of male children (68.3%) and of the age group between 3 and 5 years and 11 months (48.7%), referred by a health professional (51.9%) and with more than one complaint reported by parents (26.1%). The most frequent DH were Phonological Disorder (22.9%) and more than one Diagnosis Hypothesis (19.4%). Most children were referred to a clinic-school where screening was performed (77.9%). There was an association between DH and the variables age (p <0.001*), gender (p = 0.008*) and origin of referrals (p <0.001). The degree of agreement between complaints and DHs was moderate. Conclusion It has been proven that there are different DHs according to age, gender and origin of referrals. The use of speech-language screening with the information provided by parents for tracking of speech pathology is recommended.
RESUMO Objetivo Identificar as alterações fonoaudiológicas em crianças residentes na região oeste de São Paulo; verificar as associações entre a hipótese diagnóstica (HD) e a faixa etária, o gênero e a origem do encaminhamento; e investigar o grau de concordância entre a queixa e a HD no momento da triagem fonoaudiológica. Método Estudo epidemiológico observacional, desenvolvido em um laboratório de Atenção Primária à Saúde. Realizou-se o levantamento de 525 prontuários de crianças atendidas entre 2002 e 2011. As variáveis analisadas foram: gênero e idade da criança; origem do encaminhamento, queixa relatada pelos pais, HD fonoaudiológica e conduta estabelecida. Resultados Houve predomínio de crianças do gênero masculino (68,3%), da faixa etária entre 3 anos e 5 anos e 11 meses (48,7%), encaminhadas por um profissional da Área da saúde (51,9%) e com mais de uma queixa referida pelos pais (26,1%). As HDs fonoaudiológicas mais frequentes foram Transtorno Fonológico (22,9%) e Mais de uma Hipótese (19,4%). A maioria das crianças foi encaminhada à própria clínica-escola em que foi realizada a triagem (77,9%). Houve associação entre HD fonoaudiológica e as variáveis faixa etária (p<0,001*), gênero (p=0,008*) e origem dos encaminhamentos (p<0,001). O grau de concordância entre as queixas e as HDs foi moderado. Conclusão Comprovou-se que há diferentes HDs fonoaudiológicas de acordo com a faixa etária, o gênero e a origem dos encaminhamentos. Recomenda-se a utilização de screening fonoaudiológico em conjunto com as informações fornecidas pelos pais para rastreamento das alterações fonoaudiológicas.
Palavras-chave
Primary Health Care, Child Language, Primary Prevention, Public Health, Speech, Language and Hearing Sciences, Atenção Primária à Saúde, Linguagem Infantil, Prevenção Primária, Saúde Pública, Fonoaudiologia
Referências
  1. Andrade CRF, 2004, Teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, fluência e pragmática
  2. Buschmann A, 2008, DEV MED CHILD NEUROL, V50, P223, DOI 10.1111/j.1469-8749.2008.02034.x
  3. César Andréa de Melo, 2007, Rev. CEFAC, V9, P133, DOI 10.1590/S1516-18462007000100017
  4. Cho JN, 2010, JOGNN-J OBST GYN NEO, V39, P536, DOI 10.1111/j.1552-6909.2010.01171.x
  5. Costa RG, 2009, Rev Ciênc Méd Biol, V8, P53
  6. Diniz Roseris Denicol, 2011, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V16, P126, DOI 10.1590/S1516-80342011000200004
  7. Goulart Bárbara Niegia Garcia de, 2007, Rev. Saúde Pública, V41, P726, DOI 10.1590/S0034-89102007000500006
  8. HAGE SRV, 2005, REV CEFAC SAO PAULO, V7, P433
  9. Harrison LJ, 2010, J SPEECH LANG HEAR R, V53, P508, DOI 10.1044/1092-4388(2009/08-0086)
  10. Lessa F, 2004, Tratado de Fonoaudiologia, P525
  11. Lima Bárbara Patrícia da Silva, 2008, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V13, P376, DOI 10.1590/S1516-80342008000400013
  12. Mandrá Patrícia Pupin, 2011, Rev. soc. bras. fonoaudiol., V16, P121, DOI 10.1590/S1516-80342011000200003
  13. Martins VO, 2008, Perfil epidemiológico dos distúrbios da comunicação humana atendidos em um ambulatório de atenção primária à saúde
  14. Massa J, 2008, INT J LANG COMM DIS, V43, P99, DOI 10.1080/13682820701261827
  15. Molini-Avejonas Daniela Regina, 2015, CoDAS, V27, P273, DOI 10.1590/2317-1782/20152014158
  16. Perissinoto J, 2010, Tratado de Fonoaudiologia
  17. Restall G, 2010, CHILD CARE HLTH DEV, V36, P208, DOI 10.1111/j.1365-2214.2009.01019.x
  18. Rosenberg SA, 2008, PEDIATRICS, V121, pE1503, DOI 10.1542/peds.2007-1680
  19. Sachse S, 2008, J DEV BEHAV PEDIATR, V29, P34, DOI 10.1097/DBP.0b013e318146902a
  20. Samelli Alessandra Giannella, 2014, Clinics, V69, P413, DOI 10.6061/clinics/2014(06)08
  21. Santos Juliana Nunes, 2012, Rev. CEFAC, V14, P196, DOI 10.1590/s1516-18462011005000088
  22. Schirmer Carolina R, 2004, J Pediatr (Rio J), V80, pS95
  23. Silva Gabriela Martins Duarte, 2013, CoDAS, V25, P456, DOI 10.1590/S2317-17822013000500010
  24. Snowling M, 2000, J CHILD PSYCHOL PSYC, V41, P587, DOI 10.1017/S0021963099005752
  25. Tamanaha Ana Carina, 2011, J. Soc. Bras. Fonoaudiol., V23, P124, DOI 10.1590/S2179-64912011000200008
  26. 2010, Dados demográficos dos distritos pertencentes às Subprefeituras