Tipologia das regiões de saúde: condicionantes estruturais para a regionalização no Brasil

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
45
Tipo de produção
article
Data de publicação
2015
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo.
Citação
SAUDE E SOCIEDADE, v.24, n.2, p.413-422, 2015
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
The socioeconomic development, supply and complexity of health actions and services in a regional context may be considered structural constraints to the success of the current process of health care regionalization in Brazil. The main objective of this study is to identify the structural determinants of the regionalization process by building a typology of health regions in Brazil. A typology of Brazilian health regions was developed from available secondary data sources. The dimensions and groups that form the typology were identified through factor analysis and cluster analysis. The type of service provider both for out and inpatients was also identified. Results: the regions were classified into five independent groups according to their socioeconomic profile and characteristics of the health service supply. The characterization of Brazilian health regions through the typology demonstrates high levels of heterogeneity throughout Brazil, and the complex organization of the regional health systems. The proposed typology could contribute to future research and better understanding of this complex and contradictory scenario, supporting the urgently required development of integrated regional public policies that simultaneously involve economic and social development and the strengthening of regional spaces of governance in order to promote the organization of regional health systems grounded on the principles of the SUS (Brazilian National Health System), under a shared, joint management with the objective of ensuring the universal right to health.
O desenvolvimento socioeconômico, a oferta e a complexidade das ações e dos serviços de saúde no contexto regional podem ser considerados condicionantes estruturais para o êxito do atual processo de regionalização da saúde no Brasil. O presente estudo tem como objetivo identificar os condicionantes estruturais do processo de regionalização por meio da construção de uma tipologia das regiões de saúde no Brasil. Foi construída tipologia das regiões de saúde brasileiras a partir de fonte de dados secundários disponível. A identificação das dimensões e dos grupos - que compõem a tipologia - foi realizada por meio de análise fatorial e de agrupamentos/clusters. Também foram identificados o tipo de prestador de ações e os serviços predominantes na região tanto para a produção ambulatorial quanto para a internação. As regiões foram classificadas em cinco grupos, de forma independente, de acordo com suas características socioeconômicas e de oferta de serviços de saúde. A caracterização das regiões de saúde brasileiras, a partir da tipologia apresentada, demonstra heterogeneidade do território nacional e a complexidade de organizar sistemas de saúde regionais. A tipologia proposta pode auxiliar na investigação e no melhor entendimento desse cenário contraditório e complexo, apoiando o urgente desenvolvimento de políticas públicas regionais integradas que envolvam, concomitantemente, desenvolvimento econômico e social; e o fortalecimento dos espaços de governança regional, a fim de promover a organização de sistemas de saúde regionais alicerçados nos princípios do SUS e numa gestão compartilhada e solidária que tenha como imagem-objetivo a garantia do direito à saúde.
Palavras-chave
Regionalization, Health Policy, SUS, Brazilian National Health System, Regionalização, Sistema Único de Saúde, Políticas de Saúde
Referências
  1. ALBUQUERQUE M. V., 2013, O enfoque regional na política de saúde brasileira (2001-2011): diretrizes nacionais e o processo de regionalização nos estados brasileiros
  2. ALMEIDA L. M., 2010, REV PORTUGUESA SAUDE, V28, P79
  3. Barbosa NB, 2010, CIENC SAUDE COLETIVA, V15, P2483, DOI 10.1590/S1413-81232010000500023
  4. CASTRO A. L., 2012, Políticas de Saúde no Brasil: continuidades e mudanças
  5. Dourado DD, 2011, REV SAUDE PUBL, V45, P204, DOI 10.1590/S0034-89102011000100023
  6. GIRARDI S. N., 2002, REV LATINOAMERICANA, V8, P67
  7. Hair J.F., 2006, Multivariate data analysis
  8. JAKUBOWSKI E., 2013, The Changing National Role in Health System Governance: A case-based study of 11 European countries and Australia
  9. Leatt P, 2000, Healthc Pap, V1, P13
  10. Lima LD, 2012, CIENC SAUDE COLETIVA, V17, P2881, DOI [10.1590/S1413-81232012001100005, DOI 10.1590/S1413-81232012001100005]
  11. Machado José Angelo, 2009, Rev. bras. Ci. Soc., V24, P105, DOI 10.1590/S0102-69092009000300008
  12. Martiniano CS, 2014, INT J NURS STUD, V51, P1071, DOI 10.1016/j.ijnurstu.2013.12.006
  13. SALTMAN R. B., 2007, European observatory on health systems and policies series: decentralization in health care: strategies and outcomes
  14. Santos Adriano Maia dos, 2014, Rev Saude Publica, V48, P622
  15. SANTOS M, 2001, O Brasil: território e sociedade no início do século XXI
  16. SANTOS M. A. B., 2004, CIENC SAUDE COLETIVA, V9, P795, DOI 10.1590/S1413-81232004000300030
  17. SOUZA C., 1999, Lua Nova, P187
  18. Stoto MA, 2008, PUBLIC HEALTH REP, V123, P441
  19. TOLEDO E. F. T., 2011, Revista Geográfica de América Central, V2
  20. VIANA A. L. A., 2008, SAO PAULO PERSPECT, V22, P92
  21. VIANA A. L. A, 2011, Regionalização e relações federativas na política de saúde do Brasil
  22. Viana ALD, 2010, CIENC SAUDE COLETIVA, V15, P2317
  23. 2011, Diário Oficial da União
  24. 2010, Estatística da saúde: assistência médico-sanitária: 2009