Changes in dietary markers during the covid-19 pandemic in Brazil

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
0
Tipo de produção
article
Data de publicação
2023
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
REVISTA DE SAUDE PUBLICA
Autores
ANDRADE, Giovanna Calixto
CLARO, Rafael Moreira
COUTINHO, Janine Giuberti
MAIS, Lais Amaral
Citação
REVISTA DE SAUDE PUBLICA, v.57, article ID 54, 13p, 2023
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
OBJECTIVE: Evaluate changes in the Brazilian population's diet and its determinants during the covid-19 pandemic.METHODS: We used diet data collected by the Datafolha Institute in 2019 (n = 1,384), 2020 (n =1,214), and 2021 (n = 1,459) from independent and representative samples of the adult population (aged 18 to 55 years) from all socioeconomic classes and geographic regions of Brazil. Food consumption was measured by checking the consumption of 22 sets of food on the day before the survey. The third cycle also included questions about changes in eating habits during the pandemic. We estimated the prevalence of consumption of the food sets in each cycle of the survey and used statistical tests for comparisons of proportions between the three cycles.RESULTS: Between 2019 and 2020, we observed a significant increase in the consumption of cereals, milk, packaged snacks or salty cookies, and industrialized sauces, as opposed to a decrease in the consumption of eggs. Between 2019 and 2021 and between 2020 and 2021, on the other hand, there was a significant decrease in the consumption of cereals, vegetables, fruits, and industrialized fruit juices and an increase in the consumption of soda, sweets, cookies, sausages, industrialized sauces, and ready meals. When asked about the main changes in the purchase and preparation of meals, 46.3% of the respondents reported consuming more food prepared at home during the pandemic. Regarding changes in eating habits, 48.6% of the respondents reported a change in their eating habits during the pandemic. The main reasons for such changes were greater concern with health (39.1%) and self-reported decreased family income (30.2%).CONCLUSIONS: The covid-19 pandemic had a negative impact on the diet of the population, and increased consumption of ultra-processed foods was reported for that period.
OBJETIVO: Analisar mudanças na alimentação da população brasileira e seus determinantes durante a pandemia de covid-19.MÉTODOS: Foram utilizados dados de alimentação coletados pelo instituto Datafolha, em 2019 (n = 1.384), 2020 (n = 1.214) e 2021 (n = 1.459), de amostras independentes e representativas da população adulta (entre 18 e 55 anos) de todas as classes socioeconômicas e regiões geográficas do Brasil. O consumo alimentar foi aferido por meio da verificação do consumo de 22 conjuntos de alimentos no dia anterior à pesquisa. No terceiro ciclo, também foram incluídas questões sobre mudanças nos hábitos alimentares durante a pandemia. Estimou-se a prevalência de consumo dos conjuntos de alimentos em cada ciclo da pesquisa e foram utilizados testes estatísticos para comparações de proporções entre os três ciclos.RESULTADOS: Observou-se, entre 2019 e 2020, aumento significativo no consumo de cereais, leite, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados e molhos industrializados, em contraponto à diminuição do consumo de ovos. Entre 2019 e 2021 e entre 2020 e 2021, por outro lado, houve diminuição significativa no consumo de cereais, hortaliças, frutas e sucos de fruta industrializados e aumento no consumo de refrigerante, biscoito doce, recheado ou bolinho de pacote, embutidos, molhos industrializados e refeições prontas. Quando questionados sobre as principais mudanças na compra e preparo das refeições, 46,3% dos entrevistados relataram consumir mais alimentos preparados em casa durante a pandemia. Em relação a mudanças nos hábitos alimentares, 48,6% dos entrevistados relataram alteração na alimentação durante a pandemia. Os principais motivos para tais mudanças foram maior preocupação com a saúde (39,1%) e autorrelato de diminuição da renda familiar (30,2%).CONCLUSÕES: A pandemia de covid-19 teve impacto negativo na alimentação da população, e foi reportado aumento no consumo de alimentos ultraprocessados durante esse período.
Palavras-chave
Giovanna Calixto Andrade, Coronavirus, Eating, Ultra-processed Foods., Coronavírus, Ingestão de Alimentos, Comportamento Alimentar, Alimento Ultraprocessado, Feeding Behavior
Referências
  1. Antúnez L, 2021, PUBLIC HEALTH NUTR, V24, P1142, DOI 10.1017/S1368980021000306
  2. Askari M, 2020, INT J OBESITY, V44, P2080, DOI 10.1038/s41366-020-00650-z
  3. Ball K, 1999, PSYCHOL HEALTH, V14, P1007, DOI 10.1080/08870440008407364
  4. Bennett G, 2021, FRONT NUTR, V8, DOI 10.3389/fnut.2021.626432
  5. Campos JADB, 2020, J CLIN MED, V9, DOI 10.3390/jcm9092976
  6. da Silva OJ, 2020, CAD SAUDE PUBLICA, V36, DOI [10.1590/0102-311x00095220, 10.1590/0102-311X00095220]
  7. Delpino FM, 2022, INT J EPIDEMIOL, V51, P1120, DOI 10.1093/ije/dyab247
  8. dos Santos FS, 2020, REV SAUDE PUBL, V54, DOI 10.11606/s1518-8787.2020054001704
  9. Gaur K, 2021, DIAB MET SYND CLIN R, V15, P343, DOI 10.1016/j.dsx.2021.01.005
  10. GREENO CG, 1994, PSYCHOL BULL, V115, P444, DOI 10.1037/0033-2909.115.3.444
  11. Inloco, 2020, MAP BRAS COVID 19
  12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2020, Sintese de indicadores sociais: uma analise das condicoes de vida da populacao brasileira
  13. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2010, Censo demografico 2010
  14. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, 2020, Pesquisa de Orcamentos Familiares (POF) 2017-2018: avaliacao nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil
  15. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), 2020, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilios Continua de 2019. Estatisticas Sociais
  16. Jacka FN, 2010, AM J PSYCHIAT, V167, P305, DOI 10.1176/appi.ajp.2009.09060881
  17. Jaime PC, 2020, CIENC SAUDE COLETIVA, V25, P2505, DOI 10.1590/1413-81232020257.12852020
  18. Kupferschmidt K, 2020, SCIENCE, V367, P1061, DOI 10.1126/science.367.6482.1061
  19. Kwok S, 2020, CLIN OBES, V10, DOI 10.1111/cob.12403
  20. Martini D, 2021, NUTRIENTS, V13, DOI 10.3390/nu13103390
  21. Monteiro CA, 2019, PUBLIC HEALTH NUTR, V22, P936, DOI 10.1017/S1368980018003762
  22. Pagliai G, 2021, BRIT J NUTR, V125, P308, DOI 10.1017/S0007114520002688
  23. Parletta N, 2019, NUTR NEUROSCI, V22, P474, DOI 10.1080/1028415X.2017.1411320
  24. Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Seguranca Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), 2021, INQ NAC INS AL CONT
  25. Serafim AP, 2021, PLOS ONE, V16, DOI 10.1371/journal.pone.0245868
  26. Souza TCM, 2022, PUBLIC HEALTH NUTR, V25, P65, DOI 10.1017/S136898002100255X
  27. Steele EM, 2020, REV SAUDE PUBL, V54, DOI 10.11606/s1518-8787.2020054002950
  28. Werneck GL, 2020, CAD SAUDE PUBLICA, V36, DOI [10.1590/0102-311X00068820, 10.1590/0102-311x00068820]
  29. White M, 2020, OBESITY, V28, P1578, DOI 10.1002/oby.22910
  30. World Health Organization (WHO), 2020, Global Health Estimates 2020: Deaths by Cause, Age, Sex, by Country and by Region, 2000-2019