Revisão de dois instrumentos clínicos de avaliação para predizer risco de quedas em idosos
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Tipo de produção
article
Data de publicação
2014
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
Universidade do Estado do Rio Janeiro
Autores
ANSAI, Juliana Hotta
GLISOI, Soraia Fernandes das Neves
OLIVEIRA, Tamara de
PASCHOAL, Sérgio Marcio Pacheco
Citação
REVISTA BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA, v.17, n.1, p.177-189, 2014
Resumo
Introduction: Fall is a common problem in the elderly and it can reduce their mobility and independence. The use of simple tools to detect risk of falls is essential to prevent and treat such events. However, there is no consensus about the most appropriate tools for each situation. Objective: To review studies about efficacy, sensitivity and specificity of Timed Up and Go Test (TUGT) and Berg Balance Scale (BBS) in order to ascertain which is the most appropriate to predict falls in the elderly. Methods: We performed a literature review from MEDLINE, PubMed, ISI, LILACS and Portal de Periódicos CAPES databases, between 2001 and 2011. Results: We selected 17 different articles about BBS and 20 articles about TUGT. The review showed the two tools can be good predictors of falls. However, the articles differed in definition of fall and faller, type of study, quantity and characteristics of sample and assessment of falls, leading to different results as cutoff scores, sensitivity, specificity and prediction of fall. There is controversy about the ability of tools to predict falls in specific samples, such as active elderly. Conclusion: TUGT and BBS are effective to predict falls, provided they are adapted to each sample. Further studies should be performed using articles with homogeneous methods in order to support comparison of results about the effectiveness of tools.
Introdução: Quedas são um problema clínico comum nos idosos, que pode reduzir sua mobilidade e independência. O uso de instrumentos simples para detecção do risco de quedas é fundamental para prevenção e tratamento de tais eventos. Não há, porém, consenso quanto aos testes mais adequados para cada situação. Objetivo: Revisar estudos sobre eficácia, sensibilidade e especificidade dos testes Timed Up and Go Test e Berg Balance Scale, a fim de verificar qual é o mais apropriado para predizer quedas em idosos. Métodos: Realizou-se revisão bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, PubMed, ISI, LILACS e Portal de Periódicos CAPES, entre os anos de 2001 e 2011. Resultados: Foram selecionados 37 artigos, sendo 17 sobre a Berg Balance Scale e 20 sobre o Timed Up and Go Test. A revisão mostrou que os dois testes podem ser bons preditores de quedas, mas os artigos diferiram quanto à definição de queda e caidor, tipo de estudo, quantidade e característica da amostra e avaliação de quedas, levando a diferentes resultados quanto a nota de corte, sensibilidade, especificidade e predição de quedas. Há controvérsias quanto à capacidade de predição em perfis específicos, como os idosos ativos. Conclusão: Os testes avaliados são eficazes para predição de quedas, desde que adaptados para cada perfil. Novos estudos devem ser realizados com metodologia homogênea, a fim de favorecer a comparação de resultados sobre a eficácia desses testes.
Introdução: Quedas são um problema clínico comum nos idosos, que pode reduzir sua mobilidade e independência. O uso de instrumentos simples para detecção do risco de quedas é fundamental para prevenção e tratamento de tais eventos. Não há, porém, consenso quanto aos testes mais adequados para cada situação. Objetivo: Revisar estudos sobre eficácia, sensibilidade e especificidade dos testes Timed Up and Go Test e Berg Balance Scale, a fim de verificar qual é o mais apropriado para predizer quedas em idosos. Métodos: Realizou-se revisão bibliográfica nas bases de dados MEDLINE, PubMed, ISI, LILACS e Portal de Periódicos CAPES, entre os anos de 2001 e 2011. Resultados: Foram selecionados 37 artigos, sendo 17 sobre a Berg Balance Scale e 20 sobre o Timed Up and Go Test. A revisão mostrou que os dois testes podem ser bons preditores de quedas, mas os artigos diferiram quanto à definição de queda e caidor, tipo de estudo, quantidade e característica da amostra e avaliação de quedas, levando a diferentes resultados quanto a nota de corte, sensibilidade, especificidade e predição de quedas. Há controvérsias quanto à capacidade de predição em perfis específicos, como os idosos ativos. Conclusão: Os testes avaliados são eficazes para predição de quedas, desde que adaptados para cada perfil. Novos estudos devem ser realizados com metodologia homogênea, a fim de favorecer a comparação de resultados sobre a eficácia desses testes.
Palavras-chave
Elderly, Falls, Timed Up and Go, Berg Balance Scale, Idoso, Acidentes por Quedas, Quedas
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