Casais de mesmo sexo e parentalidade: um olhar sobre o uso das tecnologias reprodutivas

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
8
Tipo de produção
article
Data de publicação
2015
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
UNESP
Citação
INTERFACE-COMUNICACAO SAUDE EDUCACAO, v.19, n.55, p.1169-1180, 2015
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
Same-sex couples’ perceptions about the use of reproductive technologies in order to put plans for parenthood into effect are discussed in this paper. This qualitative study was based on semistructured interviews that were conducted in 2011 and 2012, with 26 respondents (12 couples, one man and one woman) who were living in the greater São Paulo region of Brazil. It was noted that biological bonds preponderated in the discourse of the women, who tended to want to use reproductive technologies, especially reception of oocytes from partner (ROPA). Even when men expressed the desire to have a genetically related child, they chose adoption because of fear of the bonds that might become established through pregnancy between the surrogate mother and the child, among other reasons. The medicalization of society, and how science, technology and the market are imbricated in creating healthcare needs, is discussed.
El artículo discute las concepciones de los matrimonios del mismo sexo sobre el uso de Tecnologías Reproductivas (TR) en la efectuación del proyecto de parentalidad. El estudio de naturaleza cualitativa se basó en entrevistas semi-estructuradas realizadas en 2011 y 2012 con 26 entrevistados, residentes en el Área Metropolitana de São Paulo (12 matrimonios, un hombre y una mujer). En los discursos de las mujeres se señala que los lazos biológicos son preponderantes y ellas tienen la tendencia de querer utilizar las TR, principalmente la ROPA (Recibo del óvulo de la compañera, por sus siglas en portugués). Los hombres, incluso cuando manifiestan el deseo de tener un hijo con vínculo genético, optan por la adopción, entre otros motivos por el recelo del vínculo que pueda establecerse, por medio de la gestación, entre la madre sustituta y el niño. Se discute la medicalización social y cómo la ciencia, la tecnología y el mercado se unen en la creación de necesidades (de salud).
O artigo discute as concepções dos casais de mesmo sexo sobre o uso de Tecnologias Reprodutivas (TR) na efetivação do projeto de parentalidade. O estudo, de natureza qualitativa, baseou-se em entrevistas semiestruturadas, realizadas em 2011 e 2012 com 26 entrevistados residentes da Grande São Paulo/Brasil (12 casais, um homem e uma mulher). É apontado que os laços biológicos são preponderantes nos discursos das mulheres, havendo tendência destas a quererem utilizar as TR, sobretudo a ROPA (Recepção de Óvulo da Parceira). Os homens, mesmo quando manifestam o desejo de terem um filho geneticamente aparentado, optam pela adoção, dentre outros motivos, pelo receio do vínculo que possa ser estabelecido, por meio da gestação, entre a mãe substituta e a criança. Discute-se a medicalização social e como a ciência, a tecnologia e o mercado estão imbricados na criação de necessidades (de saúde).
Palavras-chave
Reproductive technology, Homosexuality, Parenting, Tecnología reproductiva, Homosexualidad, Responsabilidad parental, Tecnologia reprodutiva, Homossexualidade, Poder familiar
Referências
  1. Marina S, 2010, HUM REPROD, V25, P938, DOI 10.1093/humrep/deq008
  2. Corrêa MEC, 2012, Duas mães? Mulheres lésbicas e maternidade
  3. Correa MV, 2001, Novas tecnologias reprodutivas: limites da biologia ou biologia sem limites?
  4. Donnangelo MCF, 1976, SAUDE SOC
  5. Finkler K, 2001, CURR ANTHROPOL, V42, P235, DOI 10.1086/320004
  6. Fonseca Claudia, 2008, Rev. Estud. Fem., V16, P769, DOI 10.1590/S0104-026X2008000300003
  7. Fonseca Claudia, 2004, Rev. Estud. Fem., V12, P13, DOI 10.1590/S0104-026X2004000200002
  8. Gomes Romeu, 2011, Physis, V21, P113, DOI 10.1590/S0103-73312011000100007
  9. Grossi Miriam Pillar, 2003, Cad. Pagu, P261, DOI 10.1590/S0104-83332003000200011
  10. Kendall C., 2008, AIDS BEHAV, V12, P97, DOI 10.1007/s10461-008-9390-4
  11. Luce J, 2010, Beyond expectation: lesbian/bi/queer woman and assisted conception
  12. Luna N, 2007, Provetas e clones: uma antropologia das novas tecnologias reprodutivas
  13. Machin R, 2014, BIOSOCIETIES, V9, P42, DOI 10.1057/biosoc.2013.40
  14. Patton M.Q., 1990, Qualitative evaluation and research methods
  15. Ramírez-Gálvez MC, 2003, Novas tecnologias reprodutivas conceptivas: fabricando a vida, fabricando o futuro
  16. Rotania AA, 1996, Tecnologias reprodutivas: gênero e ciência, P167
  17. Schraiber L. B., 2000, SAUDE ADULTO PROGRAM, P29
  18. Souza ER, 2005, Necessidade de filhos: maternidade, família e (homo) sexualidade
  19. Strathern M, 1992, After nature: english kinship in the late twentieth century
  20. Strathern M, 1992, Reproducying the future: anthropology, kinship and the new reproductive tecnologies
  21. Tarnovski FL, 2002, Pais assumidos: adoção e paternidade homossexual no Brasil contemporâneo
  22. Thompson C, 2005, Making parents: the ontological choreography of reproductive technologies
  23. Uziel AP, 2002, Família e homossexualidade: novas questões, velhos problemas
  24. Weston K, 1997, Families we choose: lesbian, gays, kinship
  25. 2011, Soc Estado, V26, P565
  26. 1991, Anal Soc, V25, P1011
  27. 2011, Diário Oficial da União
  28. 2011, As novas regras para reprodução assistida na Folha de São Paulo
  29. 2000, Estud Fem, V8, P212
  30. 2013, Diário Oficial da União