The entry of foreign capital into the health system in Brazil

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
1
Tipo de produção
article
Data de publicação
2022
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
CADERNOS SAUDE PUBLICA
Autores
SOUZA, Paulo Marcos Senra
Citação
CADERNOS DE SAUDE PUBLICA, v.38, suppl.2, article ID e00239421, 15p, 2022
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
The study describes the history of legislation, analyzes the trajectory and the amount of foreign capital in the Brazilian health system. The Organic Health Law restricted the participation of foreign capital; sectoral legislation, however, allowed its subsequent entry into supplementary medical care and, in 2015, a new law promoted unrestricted openness, including in hospitals and healthcare services. Our study analyzes documents, legislation, and data obtained from secondary public bases or via the Law on Access to Information. Direct investments and merger and acquisition acts in the private health sector were considered. Five phases were identified: inaugural planning, regulated expansion, legal restriction, sectorized release, and expanded opening. From 2016 to 2020, the amount of foreign resources entering the country's healthcare services was almost ten times more than the previous five-year period. Thirteen companies or funds were identified, most of them from the United States. Regulation allowing for the opening of foreign capital were preceded by business lobbies and public-private interactions that can affect the quality of public policies and the integrity of the legislative process. The invested capital seeks established and profitable companies in various segments of activity. Admission occurs in non-universal private care networks, which serve specific, geographically concentrated clientele. We conclude that foreign capital, an element of health financialization process, is expressed as a possible vector of the expansion of inequalities in the population's access to health services and as an additional obstacle to the consolidation of the Brazilian Unified National Health System.
O estudo descreve o histórico da legislação, analisa a trajetória e dimensiona o capital estrangeiro no sistema de saúde no Brasil. A Lei Orgânica da Saúde restringiu a participação do capital estrangeiro, legislações setoriais permitiram o posterior ingresso na assistência médica suplementar e, em 2015, uma nova lei promoveu a abertura irrestrita, inclusive em hospitais e serviços de saúde. O estudo analisou documentos, legislação e dados de bases secundárias públicas ou obtidos via Lei de Acesso à Informação. Foram considerados investimentos diretos e atos de fusões e aquisições no setor privado da saúde. Foram identificadas cinco fases: ordenamento inaugural, expansão regulada, restrição legal, liberação setorizada e abertura ampliada. De 2016 a 2020, ingressaram no país quase dez vezes mais recursos estrangeiros em serviços de saúde que no quinquênio anterior. Foram identificadas 13 empresas ou fundos, a maioria originária dos Estados Unidos. Normas que permitiram a abertura do capital estrangeiro foram antecedidas por lobbies empresariais e interações público-privadas que podem afetar a qualidade das políticas públicas e a integridade do processo legislativo. O capital aportado busca empresas já constituídas e mais rentáveis, em diversos segmentos de atividade. O ingresso ocorre em redes assistenciais privadas não universais, que atendem clientelas específicas, concentradas geograficamente. Conclui-se que o capital estrangeiro, elemento do processo de financeirização da saúde, se expressa como possível vetor da ampliação de desigualdades de acesso da população aos serviços de saúde e como um obstáculo adicional à consolidação do Sistema Único de Saúde
Este estudio describe la historia de la legislación, analiza la trayectoria y dimensiona el capital extranjero en el sistema de salud en Brasil. La Ley Orgánica de Salud restringió la participación de capital extranjero, las legislaciones sectoriales permitieron el posterior ingreso a la asistencia médica complementaria y, en el 2015, una nueva ley promovió la apertura sin restricciones, incluso en hospitales y servicios de salud. El estudio analizó documentos, legislación y datos de bases públicas secundarias u obtenidos por medio de la Ley de Acceso a la Información. Se consideraron inversiones directas y actos de fusiones y adquisiciones en el sector privado de la salud. Se identificaron cinco etapas: ordenamiento inaugural, expansión regulada, restricción legal, liberación sectorizada y apertura ampliada. Del 2016 al 2020 ingresaron al país casi diez veces más recursos extranjeros en servicios de salud que en el quinquenio anterior. Se identificaron 13 empresas o fondos, la mayoría con origen en los EE.UU. Las reglas que permitieron la apertura al capital extranjero fueron precedidas por cabildeos empresariales e interacciones público-privadas que pueden afectar la calidad de las políticas públicas y la integridad del proceso legislativo. El capital aportado busca empresas ya consolidadas y más rentables, en diversos segmentos de actividad. El ingreso se da en redes asistenciales privadas no universales, que atienden a una clientela específica y geográficamente concentrada. Se concluye que el capital extranjero, elemento del proceso de financiarización de la salud, se expresa como un posible vector de la ampliación de desigualdades en el acceso de la población a los servicios de salud y como un obstáculo adicional para la consolidación del Sistema Único de Salud.
Palavras-chave
Universalization of Health, Health Systems, Marketing of Health Services, Healthcare Financing, Proprietary Health Facilities, Universalização da Saúde, Sistemas de Saúde, Marketing de Serviços de Saúde, Financiamento da Assistência à Saúde, Instituições Privadas de Saúde, Universalización de la Salud, Sistemas de Salud, Comercialización de los Servicios de Salud, Financiación de la Atención de la Salud, Instituciones Privadas de Salud
Referências
  1. Adachi Vanessa, 1997, FOLHA S PAULO 0822
  2. [Anonymous], 1962, LEINO4131DE3DESETEMB
  3. [Anonymous], 2011, LEI NO 12529 30 NOVE
  4. [Anonymous], 1946, DECRETO LEI NO 9025
  5. [Anonymous], 2015, DIZ BALESTRIN ANAHP
  6. Banco Central do Brasil, REL INV DIR 2020
  7. Brasil, CONST REP FED BRAS 1
  8. Brasil, MEDIDA PROVISORIA NO
  9. Brasil, DIARIO OFICIAL UNIAO
  10. Brasil, 1998, DISPOE OS PLANOS SEG
  11. Brasil, 1996, ADV GER UN PAR AGU G
  12. Brasil, 1990, LEI NO 8080 19 SETEM
  13. Brasil, EMENDA NO 66 APRESEN
  14. Brasil, 2014, DIARIO OFICIAL UNIAO
  15. Brasil, LEI NO 13097 19 JANE
  16. Camara dos Deputados, PROJETO LEI PL 31222
  17. Camara dos Deputados, DEP PINH LAND REN SE
  18. Camara dos Deputados, PL 17212015 ALTERA D
  19. Comunicacao Social da Policia Federal em Minas Gerais, AGENCIA NOTICIA 1109
  20. Conselho Administrativo de Defesa Economica Ministerio da Justica e Seguranca Publica, 2018, CAD CADE AT CONC NOS
  21. Conselho Nacional de Saude, 2015, AT 265A REUN ORD 27
  22. Sestelo JAD, 2018, CIENC SAUDE COLETIVA, V23, P2027, DOI [10.1590/1413-81232018236.046820181, 10.1590/1413-81232018236.04682018]
  23. Deputado Pinheiro Landim renuncia para evitar cassacao, 2003, FOLHA S PAULO 0115
  24. Filippon Jonathan, 2015, Saúde debate, V39, P1127, DOI 10.1590/0103-110420161070266
  25. Fons-Rosen C, 2021, J INT ECON, V131, DOI 10.1016/j.jinteco.2021.103456
  26. Formenti L., 2015, ESTADAO 0127
  27. Guimaraes F., 2020, ESTADAO 1216
  28. Guimaraes SP, 2000, ESTUD AV-SAO PAULO, V14, P143
  29. Gulnora A, 2020, ASIAN J MULTIDIMENSI, V24, P79
  30. Leopoldi MAP, 1998, ENTRE SOLIDARIEDADE, P239
  31. Mancuso WP, 2004, DADOS-REV CIENC SOC, V47, P505, DOI 10.1590/S0011-52582004000300003
  32. Morrissey O, 2012, WORLD DEV, V40, P437, DOI 10.1016/j.worlddev.2011.07.004
  33. Muggiati A., 1997, FOLHA S PAULO 0822
  34. Oliveira LM, 2021, SAUDE SOC-SAO PAULO, V30, DOI [10.1590/S0104-12902021190785, 10.1590/s0104-12902021190785]
  35. Organisation for Economic Co-operation and Development, BENCHM DEF FOR DIR I
  36. Outreville JF, 2007, EUR J HEALTH ECON, V8, P305, DOI 10.1007/s10198-006-0010-9
  37. Passarinho N, 2015, G1 1206
  38. Pinheiro D, 1997, FOLHA S PAULO 0208
  39. Ribeiro J., 2017, GLOBO 0913
  40. Scheffer M, 2015, OPINIOES NOTICA 0302
  41. Smith RD, 2004, SOC SCI MED, V59, P2313, DOI 10.1016/j.socscimed.2004.03.021
  42. Supremo Tribunal Federal, ADI 5435 PROCESSO EL
  43. The Carlyle Group, 2010, CARL GROUP MAK STRAT
  44. United Health Group, AM COMB
  45. United Nations Conference on Trade and Development, WORLD INVESTMENT REP
  46. Whisler P.M., 1989, Florida Paleontological Society Inc Newsletter, V6, P1
  47. World Health Organization
  48. World Bank, TRACK UN HLTH COV 1