Fatores de risco para osteonecrose dos maxilares relacionada à medicação e níveis salivares de IL-6 em pacientes com câncer

Carregando...
Imagem de Miniatura
Citações na Scopus
3
Tipo de produção
article
Data de publicação
2022
Título da Revista
ISSN da Revista
Título do Volume
Editora
ASSOC BRASILEIRA OTORRINOLARINGOLOGIA & CIRURGIA CERVICOFACIAL
Autores
KEMP, Aristilia Pricila Tahara
FERREIRA, Vitor Hugo Candido
MOBILE, Rafael Zancan
SASSI, Laurindo Moacir
ZARPELLON, Amanda
SCHUSSEL, Juliana Lucena
Citação
BRAZILIAN JOURNAL OF OTORHINOLARYNGOLOGY, v.88, n.5, p.683-690, 2022
Projetos de Pesquisa
Unidades Organizacionais
Fascículo
Resumo
Introducao: A osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao e uma complicacao grave da terapia antirreabsortiva e antiangiogenica, com opcao de tratamento limitada e grande impacto na qualidade de vida do paciente.Objetivo: Avaliar os fatores de risco associados a osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao em pacientes oncologicos em tratamento com bifosfonato Alem disso, os niveis salivares de interleucina-6 (IL-6) foram medidos para investigar sua associacao com a gravidade e o risco de osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao.Metodo: Estudo caso-controle com 74 pacientes com metastases osseas de tumores solidos e mieloma multiplo. Os pacientes foram divididos em tres grupos: 1) em tratamento por bifosfo-nato com osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao; 2) submetidos ao bifosfonato sem osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao; e 3) pre-tratamento de bifosfonato. Os dados demograficos e medicos dos pacientes foram coletados para avaliar o risco. A avaliacao clinica foi feita para diagnosticar osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao e a saliva nao estimulada foi coletada para quantificacao da IL-6.Resultados: Observou-se que os pacientes diagnosticados com osteonecrose dos maxilares rela-cionada a medicacao foram submetidos a maior numero de doses de bifosfonato (p = 0,001) e protocolo de infusao mensal (p = 0,044; OR = 7,75). Pacientes que nao tiveram acompanha-mento de rotina com dentistas especializados durante a terapia com bifosfonato e tabagismo foram associados ao osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao (p = 0,019; OR = 8,25 e p = 0,031; OR = 9,37, respectivamente). O grupo 1 apresentou maior frequencia de trata-mento com quimioterapia e corticosteroides concomitantes ao bifosfonato e procedimentos odontologicos cirurgicos (p = 0,129). Os niveis salivares de IL-6 nao apresentaram diferenca estatisticamente significante entre os grupos (p = 0,571) ou associacao com a gravidade do osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao (p = 0,923).Conclusao: Maior numero de ciclos de bifosfonato, protocolo de infusao mensal, ausen-cia de acompanhamento odontologico para manutencao da saude bucal e tabagismo foram associados ao osteonecrose dos maxilares relacionada a medicacao. O acompanhamento odon-tologico especializado durante o tratamento demonstrou ser importante na prevencao dessa complicacao. (c) 2020 Associacao Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Este e um artigo Open Access sob uma licenca CC BY (http:// creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
Palavras-chave
Bisfosfonatos, Osteonecrose da mand?bula, Biomarcadores na saliva, Interleucina-6
Referências
  1. Bagan J, 2014, ORAL DIS, V20, P446, DOI 10.1111/odi.12150
  2. Bagan J, 2013, J ORAL PATHOL MED, V42, P405, DOI 10.1111/jop.12021
  3. Bamias A, 2005, J CLIN ONCOL, V23, P8580, DOI 10.1200/JCO.2005.02.8670
  4. Bocanegra-Perez MS, 2012, MED ORAL PATOL ORAL, V17, pE948, DOI 10.4317/medoral.17946
  5. Corso A, 2007, LEUKEMIA, V21, P1545, DOI 10.1038/sj.leu.2404682
  6. De Iuliis F, 2014, ANTICANCER RES, V34, P2477
  7. Dimopoulos MA, 2009, ANN ONCOL, V20, P117, DOI 10.1093/annonc/mdn554
  8. Hamadeh IS, 2015, CANCER TREAT REV, V41, P455, DOI 10.1016/j.ctrv.2015.04.007
  9. Hasegawa T, 2019, OSTEOPOROSIS INT, V30, P231, DOI 10.1007/s00198-018-4746-8
  10. Hortobagyi GN, 2017, JAMA ONCOL, V3, P906, DOI 10.1001/jamaoncol.2016.6316
  11. Katsarelis H, 2015, J DENT RES, V94, P534, DOI 10.1177/0022034515572021
  12. Khan AA, 2017, J CLIN DENSITOM, V20, P8, DOI 10.1016/j.jocd.2016.09.005
  13. Kotan EV, 2019, BMJ OPEN, V9, DOI 10.1136/bmjopen-2018-025600
  14. Lazarovici TS, 2010, J ORAL MAXIL SURG, V68, P2241, DOI 10.1016/j.joms.2010.05.043
  15. Lesclous P, 2009, BONE, V45, P843, DOI 10.1016/j.bone.2009.07.011
  16. Margaix-Munoz M, 2013, MED ORAL PATOL ORAL, V18, pE194, DOI 10.4317/medoral.18604
  17. Marx RE, 2005, J ORAL MAXIL SURG, V63, P1567, DOI 10.1016/j.joms.2005.07.010
  18. Migliorati CA, 2005, CANCER, V104, P83, DOI 10.1002/cncr.21130
  19. Mozzati M, 2013, CLIN ORAL INVEST, V17, P1259, DOI 10.1007/s00784-012-0800-7
  20. NAVAZESH M, 1993, ANN NY ACAD SCI, V694, P72, DOI 10.1111/j.1749-6632.1993.tb18343.x
  21. Nishimoto N, 2010, CLIN PHARMACOL THER, V87, P483, DOI 10.1038/clpt.2009.313
  22. Otto S, 2012, J CRANIO MAXILL SURG, V40, P303, DOI 10.1016/j.jcms.2011.05.003
  23. Pushalkar S, 2014, INT J ORAL SCI, V6, P219, DOI 10.1038/ijos.2014.46
  24. Ruggiero SL, 2014, J ORAL MAXIL SURG, V72, P1938, DOI 10.1016/j.joms.2014.04.031
  25. Ruggiero SL, 2004, J ORAL MAXIL SURG, V62, P527, DOI 10.1016/j.joms.2004.02.004
  26. Saad F, 2012, ANN ONCOL, V23, P1341, DOI 10.1093/annonc/mdr435
  27. Sahin O, 2019, J KOR ASSOC ORAL MAX, V45, P108, DOI 10.5125/jkaoms.2019.45.2.108
  28. Thumbigere-Math V, 2012, AM J CLIN ONCOL-CANC, V35, P386, DOI 10.1097/COC.0b013e3182155fcb
  29. Tipton DA, 2011, J PERIODONTAL RES, V46, P39, DOI 10.1111/j.1600-0765.2010.01306.x
  30. Truntzer Jeremy, 2015, Eur J Orthop Surg Traumatol, V25, P211, DOI 10.1007/s00590-014-1488-y
  31. Walter C, 2008, EUR UROL, V54, P1066, DOI 10.1016/j.eururo.2008.06.070
  32. Wessel JH, 2008, J ORAL MAXIL SURG, V66, P625, DOI 10.1016/j.joms.2007.11.032
  33. Yao X, 2014, PHARMACOL THERAPEUT, V141, P125, DOI 10.1016/j.pharmthera.2013.09.004